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| 30.04.13 - 13h15

Oficina na Escola Maestro Fernando Borges mistura Hula e frevo

[caption id="attachment_33799" align="alignleft" width="680"] Moanalani Beamer é professora de Hula, dança típica do Havaí. (Fotos: Inaldo Menezes/PCR)[/caption]

A professora de Hula, dança típica do Havaí, Moanalani Beamer, e cerca de 50 alunos da Escola de Frevo Maestro Fernando Borges trocaram impressões sobre as diferenças entre os movimentos e propósitos da dança pernambucana e da havaiana, durante  oficina na segunda-feira (29), numa parceria entre o Consulado dos Estados Unidos e a Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura.

Para a diretora da Escola de Frevo, Anna Miranda, é importante fornecer referências distintas aos alunos da casa. “As oportunidades de troca de conhecimentos são sempre muito positivas. O corpo precisa descobrir novos movimentos. E o Frevo, apesar de ser muito completo, é muito frenético. Então outros ritmos reforçam a consciência corporal, a memória coreográfica”, disse. Anna explicou também que os aprendizados são todos incorporados à prática: “O Frevo não é estático, fixo. Então, se na Hula eles são cobrados a manter a postura, pode ver que os meninos vão colocar isso dentro do Frevo e vai sair uma coisa nova”.

A atividade começou com uma demonstração do passo do Frevo para Moanalani, que estava acompanhada dos músicos Keola Beamer e Jeff Peterson, com quem está circulando pelo Brasil, apresentando a dança e a música do Havaí. Questionada sobre suas impressões sobre o ritmo e da dança pernambucanos, a americana soltou um enérgico: “Uau!”. A mestre de Hula, que só tinha visto o Frevo em filmes, ficou admirada com a vivacidade dos bailarinos: “É incrível ver a alegria de viver, a excitação dos jovens enquanto dançam”, disse.

Na sequência, a agitação do Frevo deu lugar à concentração da Hula. Segundo Moanalani, é importante entender as histórias contadas através dos movimentos, que englobam música, poesia, história e mitologia. “Mesmo sabendo que os alunos de Recife têm experiências de vida diferentes, podem aprender a contar suas histórias com sensibilidade, já que a ideia é trabalhar a consciência corporal para conectar a mente e o coração com o corpo, com a terra e com as pessoas”, disse. A americana explicou também que a dança havaiana ensina a ter atenção: “Não é só observar e entender o professor, mas também a percepção do corpo, do ambiente em que você está, e das pessoas ao seu redor”.

A estudante de licenciatura em Dança na UFPE, Bhrunna Renata, que tem 19 anos e há 13 pratica o Frevo, achou a experiência  proveitosa. “Adorei a concepção, o caminho que a Hula tem, essa conexão com a natureza. É muito diferente. Usaria a Hula para acalmar os ânimos depois de uma outra apresentação”, falou.