Teatro do Parque recebe pré-estreia nacional do filme “A Viagem de Pedro”
Abrindo uma importante temporada de grandes novidades, que serão a maior diversão para os públicos cativos de um dos mais antigos e versáteis espaços culturais da cidade, o Teatro do Parque celebra sua vocação para o cinema, recebendo a pré-estreia nacional do filme “A Viagem de Pedro”, escrito e dirigido por Laís Bodanzky. A exibição será em sessão única, nesta quarta-feira (31), às 19h. Os ingressos custarão R$ 10 (R$ 5, a meia-entrada) e serão vendidos, a partir das 18h, na bilheteria do teatro, mantido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.
Após a sessão, um debate discutirá as narrativas oficiais sobre colonização e independência, reunindo a diretora Laís Bodansk e o professor da Universidade Federal de Pernambuco Alexandro Jesus, com mediação de Rafael Nascimento.
Protagonizado por Cauã Reymond, o filme é o primeiro longa-metragem histórico da diretora. A produção aborda a vida privada de Dom Pedro I, retratando a viagem de navio em que o ex-imperador retorna para Portugal, em 1831, fugindo de ser apedrejado pelos brasileiros, nove anos depois de proclamar a Independência do Brasil. A viagem desconstrói a imagem de herói de Dom Pedro I, responsável por tornar o Brasil um país continental, às custas de muita opressão.
Com produção da Biônica Filmes, Buriti Filmes e O Som e a Fúria (Portugal), em coprodução com a Globo Filmes, “A Viagem de Pedro" foi produzido por Bianca Villar, Cauã Reymond, Fernando Fraiha, Karen Castanho, Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi, Luis Urbano e Mario Canivello. O filme chega aos cinemas de todo o país no dia 1º de setembro, na semana do bicentenário da Independência.
No elenco, a artista plástica Rita Wainer estreia como atriz no papel de Domitila. LuiseHeyer ("Dark") interpreta Leopoldina, Francis Magee ("Game OfThrones", "Jimmy's Hall", "Rogue One") vive o Comandante Talbot, e WelketBunguê o Contra-almirante Lars. No elenco português, estão Victória Guerra interpretando Amélia, Luísa Cruz no papel de Carlota Joaquina, João Lagarto vivendo Dom João VI, Isac Graça ("Cartas da Guerra") na pele de Miguel e IsabélZuaa ("As Boas Maneiras") interpretando Dira. Celso Frateschi ("3%"), Gustavo Machado (“A Suspeita”), Luisa Gattai, Dirce Thomas, Marcial Mancome, Sergio Laurentino ("Tungstênio") e Denangowe Calvin completam o time. O diretor de arte inglês Adrian Cooper e o diretor de fotografia espanhol Pedro J. Márquez ("Ex-Pajé", “A Última Floresta”) foram os responsáveis pelo trabalho de reconstrução de época.
“A Viagem de Pedro" estreou mundialmente na 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e foi exibido no 23º Festival do Rio. Também em premiações cariocas, conquistou o Troféu Redentor de melhor ator coadjuvante (Sergio Laurentino) e de melhor direção de ficção (Laís Bodanzky). Em Portugal, foi lançado, no último mês de maio nos cinemas, além de ter sido exibido no 19º Indie Lisboa - Festival Internacional de Cinema, no mesmo mês. Em junho, o longa-metragem venceu o prêmio de Melhor Filme da América no Septimius Awards, em Amsterdã, e foi exibido no Brooklyn Film Festival, em Nova Iorque. Participou ainda do Latin American Film Festival, em Copenhagen, e teve uma exibição gratuita na USP, em São Paulo, seguida de debate com a diretora.
Mergulho no audiovisual - Hoje (30), o Teatro do Parque celebra outra importante novidade cultural. A partir das 18h30, será lançado o livro-arquivo ‘bcubico’, com organização de Edson Barrus e Yann Beauvais. A programação contará com apresentação da vídeo-instalação "Linedescribing a cone" de Anthony McCall, convidando o público a um literal mergulho no audiovisual.
Montada originalmente em 1971, a videoinstalação de Anthony McCalltem duração de 30 minutos (em looping) e trabalha abertamente com a dimensão tátil do cinema. Na experiência, a luz e a projeção, dois dos elementos constitutivos mais básicos do cinema, deixam de cumprir a função de codificar a imagem figurativa e torná-la visível, para ganhar tangibilidade e serem experimentadas com o corpo pelo público, que é incentivado a circular pelo espaço expositivo.
O livro trilíngue (português, inglês e francês) narra a experiência do espaço ‘bcubico’ criado pelos artistas Edson Barrus e Yann Beauvais, que existiu por quase cinco anos na capital pernambucana, entre 2011 e 2015. A obra conta com textos analíticos, reflexões, testemunhos e transcrições de determinadas intervenções, entre as 17 exposições, 29 encontros e 110 palestras viabilizadas no e pelo espaço.O livro tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, através do Funcultura e conta com apoio da CEPE - Companhia Editora de Pernambuco, que estará com estande de vendas no Teatro do Parque. A versão digital de “bcubico” e live de pré-lançamento estão disponíveis gratuitamente no site https://bcubico.com/.