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Cultura | 30.11.12 - 19h57

Estudantes da Escola Paulo Freire apresentam trabalhos baseados na cultura afrobrasileira

Capoeira, pinturas, desfile de moda e lançamento de livro foram algumas das atividades desenvolvidas

Por Marcos da Silva

[caption id="attachment_29064" align="alignleft" width="334"] Capoeira, pinturas, desfile de moda e lançamento de livro foram algumas das atividades desenvolvidas. Foto: Inaldo Lins[/caption]

Estudantes e educadores do 3º e 4º anos da Escola Municipal Educador Paulo Freire, localizada na Vila do Ipsep, tiveram um final de tarde diferente nesta sexta-feira (30). Reunidos na quadra da instituição, eles participaram do encerramento do projeto Ciranda da Leitura de Contos Africanos e Afrobrasileiros, desenvolvido em sala de aula desde maio deste ano pela Secretaria de Educação Esporte e Lazer (Seel).

“Sentimo-nos muito felizes com tantos projetos didáticos significativos existentes nas escolas da Rede. O projeto 'Ciranda da Leitura de Contos Africanos e Afrobrasileiros', realizado pela Escola Paulo Freire, vivencia os conteúdos curriculares, resgatando a importância da cultura afrobrasileira e o respeito à diversidade. Projetos como esse contribuem para o combate ao racismo, educam para a cidadania e elevam a autoestima dos nossos estudantes e educadores”, destacou a secretária de Educação, Esporte e Lazer, Ivone Caetano.

Animados pelo ritmo da percussão do grupo de capoeira Ginga Mundo, os alunos apresentaram aos colegas e à comunidade os trabalhos desenvolvidos em sala de aula. Estudantes negras desfilaram para os colegas sua beleza e vestuário, no evento de moda intitulado Pérola Negra. Esculturas de argila, desenhos e ilustrações da cultura afrobrasileira estavam expostos ao público e três livros de contos, escritos por alunos do 3º e 4º anos, foram lançados - Respeite os cabelos pixaim; Amigos são amigos e Jabuti de asas. O primeiro e o último, produzidos, respectivamente, por estudantes do 4º ano C e 3º H, ganharam também suas versões em braille, já que as duas turmas também são frequentadas por alunos cegos.

A idealizadora do projeto Ciranda da Leitura de Contos Africanos e Afrobrasileiros na Escola Educador Paulo Freire, Carmem Dolores Alves, de 50 anos, 20 de profissão, explica que o principal objetivo do projeto é estimular a leitura e a produção textual. "O resultado foi maravilhoso. Melhora da leitura, da escrita e da autoestima, principalmente das crianças negras”, destaca Dolores.

Para a estudante Yasmim Marcela da Silva, de 9 anos, do 4º ano C, o trabalho realizado em sala de aula foi de suma importância. “Gosto muito de ler os títulos do Kit Manuel Bandeira, distribuídos todo ano na escola e o acervo do Cantinho da Leitura. Já li 'O mundo começa na cabeça', de Prisca Agustoni e Tati Móes; 'Menina bonita do laço de fita', da Ana Maria Machado; 'O gato e o rato', de Luísa Ducla Soares e muitos outros".

Os 70 educandos do projeto Ciranda da Leitura de Contos Africanos e Afrobrasileiros da Escola Municipal Educador Paulo Freire receberão um volume dos livros escritos por eles.