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Meio Ambiente | 30.11.20 - 20h54

Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade orienta a maneira correta para o preparo de chás por meio de plantas fitoterápicas

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Para o consumo de um bom chá é preciso seguir algumas etapas essenciais, como a escolha das plantas, temperatura da água, tempo de infusão e armazenamento do chá, explica analista ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Foto: Divulgação)

 

Seja quente ou gelado, qualquer hora é hora de um bom chá. Uma das bebidas mais antigas da humanidade e mais consumidas no mundo, o chá tem seu espaço garantido na vida das família  brasileiras. Entre 2010 e 2019, o consumo de chás no país aumentou 53% per capita, segundo dados da Passport Euromonitor International.Para aproveitar todas as propriedades no preparo da bebida, a Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, orienta como deve ser feito o manuseio das plantas, espécies e os tipos de preparação e alerta sobre os cuidados com as ervas. 

A temperatura, tempo de infusão e armazenamento são fatores essenciais ligados que devem ser alinhados antes de começar a preparar o chá, seja por meio da infusão ou decocção. A infusão costuma ser indicada para ervas aromáticas e outras plantas ou partes de estrutura frágil, como flores, pétalas e folhas, segundo o analista ambiental do Jardim Botânico do Recife, William Wanderley. “Para fazer um bom chá é preciso saber a temperatura ideal da água para os mais diferentes tipos da bebida. Outro ponto importante na hora da preparação é decidir entre a infusão e a decocção. A infusão costuma ser indicada para ervas aromáticas e outras plantas ou partes de estrutura frágil, já a decocção é usada com cascas e raízes para que saiam todos seus sabores e aromas”, explica o técnico. Para manter o sabor das ervas por mais tempo, o ideal é conservá-las em recipientes fechados ou em latas, protegendo-as da luz e da umidade. “Para assegurar o frescor, aroma e paladar das ervas, o ideal é conservar as desidratadas em recipientes fechados livre de umidades e a durabilidade será de 90 dias, se estiverem bem armazenadas. E as plantas frescas , pode armazenar em sacos plásticos sob refrigeração por até 8 dias”, acrescenta William. 

Assim como qualquer bebida, é importante seguir a proporção correta na hora de preparar um chá. “Para 1 litro de água, pode ser usado entre 25 a 50 gramas de ervas se for feito com plantas frescas, como hortelã, erva-cidreira e capim santo. Se for planta desidratada o ideal é entre 15 a 25 gramas por litro de água. 

O analista ambiental ainda orienta que antes de mergulhar o saquinho ou infusor de chá na água quente, é preciso ter em mente que cada tipo de chá tem um tempo de infusão diferente. “A infusão normalmente são poucos minutos e o tempo é o mesmo para as plantas, que normalmente vai baixando naturalmente a temperatura do chá até que se possa degustar. O que muda um pouco é o tempo da decocção, por exemplo, as cascas e raízes e tubérculos trituradas têm um tempo reduzido para decocção e essas partes das plantas não sendo trituradas, evidentemente, precisam de mais tempo em decocção, variam entre  5 até 20 minutos”, ensina.

Em relação a durabilidade do chá, William Wanderley recomenda que a bebida seja consumida em até 12 horas. “As pessoas às vezes fazem uma garrafada e coloca na geladeira, mas isso não é o ideal. Segundo estudos científicos, o chá só tem validade de 12 horas, após esse esse período a quantidade de princípio ativo na bebida vai diminuindo, então ele vai perdendo o poder fitoterápico”, revela. O analista ambiental também alerta sobre o perigo de misturar as ervas. “Associar muitas plantas pode ser perigoso. Plantas, quanto menos você associar melhor, porque quando se mistura, cada uma tem seu princípio ativo e uma planta pode potencializar a outra e isso converter em uma intoxicação”, alerta.