Campanha 2014 de prevenção e controle da dengue, no Recife, convoca a população
Evitar os criadouros do Aedes Aegypti é a principal medida para o controle da dengue. Baseada nesta constatação, a Secretaria de Saúde do Recife, por meio da Vigilância à Saúde, lança a campanha 2014 “Vapt Vupt – Contra a Dengue”, que convoca a população do Recife a ser uma aliada no combate aos locais onde o mosquito se reproduz, evitando a doença, que pode até matar.
Notificação e investigação de casos e óbitos suspeitos; mapeamento das áreas para nortear ações de controle; intensificar ações de campo com uso de larvicida em domicílios e pontos estratégicos - oficinas, construções, cemitérios, etc; aquisição de 88 mil capas para vedação das caixas d’água a serem distribuídas ao longo da Campanha de 2014.
Todas estas ações estão entre as medidas a serem desenvolvidas pela Secretaria de Saúde, além da realização de um mutirão de limpeza em parceria com a Emlurb; recolhimento de pneus; colocação de ovitrampas (armadilhas) em pontos estratégicos; mobilização dos diversos parceiros para prevenção dos focos de Aedes Aegypti.
Um total de 100% dos 958 Agentes Comunitários de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) foram capacitados para entrar em campo e intensificar o combate ao mosquito com o início do período de chuvas. A estação favorece a reprodução, aumentando o risco de incidência da doença em decorrência das águas empossadas, facilitando a reprodução do transmissor da dengue.
As unidades de saúde básica e especializadas da rede do Recife estão preparadas para diagnosticar, por meio de exames laboratoriais, a dengue. O tratamento da doença, que pode surgir desde a forma mais tradicional, exigindo apenas reidratação oral, até os casos mais graves, que necessitam de observação com reidratação intravenosa e até transfusão de sangue, em casos raros. Há provisão de leitos, insumos e medicamentos.
“Queremos mostrar às pessoas que não precisam mais do que um ‘Vapt Vupt’ para eliminar possíveis nascedouros e evitar que a cidade venha a ter um surto da doença. Embora o número de casos confirmados neste ano seja 60% inferior em relação ao mesmo período de 2013, não podemos nos descuidar”, alerta o secretário de Saúde, Jailson Correia. O índice de infestação no Recife é de 2,6%, não havendo registro de formas graves ou óbitos confirmados por dengue, tendo apenas 01 óbito em investigação.
São atitudes simples que não requer altos investimentos. Com apenas 10 minutos semanais, um Vapt Vupt, para observar as caixas d água, piscinas tonéis, baldes, bandejas de geladeiras, garrafas, pneus, o lixo que deve estar ensacado, fazer a limpeza das calhas, manter os jarros de plantas com areia, manter calhas e lajes limpas. Se cada um fizer sua parte o risco de alguém da família adoecer com dengue cai praticamente para zero.
LIRAa – O Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) aponta que o risco de ocorrência da doença é de 53% nos bairros analisados e 22% correm risco de surto. Os Bairros com risco de surto concentram-se, principalmente, nos Distritos Sanitários: II, III, V e VI – Cohab, Várzea, Casa Amarela e Boa viagem.
Sintomas da doença - Dengue é uma doença infecciosa causada por vírus, um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivírus e que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.1 Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares e uma erupção cutânea característica que é semelhante a causada pelo sarampo. Em uma pequena proporção de casos, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica com risco de vida, resultando em sangramento, baixos níveis de plaquetas sanguíneas, extravasamento de plasma no sangue ou até diminuição da pressão arterial a níveis perigosamente baixos.
Transmissão- A dengue é transmitida por várias espécies de mosquito do gênero Aedes, principalmente o Aedes aegypti. O vírus tem cinco tipos diferentes e a infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. Um contágio subsequente por algum tipo diferente do vírus aumenta o risco de complicações graves no paciente. Como não há vacina disponível no mercado, a melhor forma de evitar a epidemia é a prevenção, através da redução ou destruição do habitat e da população de mosquitos transmissores e da limitação da exposição a picadas.
Tratamento - O tratamento da dengue é de apoio, com reidratação oral ou intravenosa para os casos leves ou moderados e fluidos intravenosos e transfusão de sangue para os casos mais graves.