Prefeitura capacita profissionais que atuarão na segunda etapa do Olhar Recife

Programa é focado em cuidados oftalmológicos para estudantes da rede  municipal de ensino
Por Larissa Correia
Cerca de cem educadores e  agentes comunitários de saúde da Prefeitura do Recife foram capacitados, na  manhã desta terça-feira (31), sobre o programa Olhar Recife. A iniciativa  identifica, trata e reabilita estudantes da rede municipal que apresentem  problemas oftalmológicos. A sensibilização ocorreu no Centro de Formação de  Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena.
A abertura do evento  ficou a cargo do assessor executivo da Secretaria Municipal de Saúde, Tiago  Feitosa. “O Olhar Recife integra uma linha de cuidados desenvolvida de forma a  reduzir ou resolver problemas que possam interferir no aprendizado ou no  desenvolvimento dos alunos da Secretaria Municipal de Educação. Ela inclui ações  em áreas como redução de danos, Samu, DSTs e Aids e as chamadas doenças  negligenciadas, a exemplo de filariose, hanseníase e verminose. Temos histórico  de pioneirismo no custeio do programa, que faz parte do Saúde na Escola,  investindo nele antes mesmo de receber recursos do Governo Federal”,  comentou.
Os profissionais que passaram pela qualificação desta  terça-feira atuarão na segunda etapa do programa, a ser lançada no segundo  semestre deste ano. O Olhar Recife é uma ação intersetorial das secretarias  municipais de Saúde e de Educação em parceria com o Centro de Reabilitação  Menina dos Olhos, ligado à Fundação Altino Ventura.
A expectativa é que,  em três anos, sejam contemplados mais de 82 mil alunos com idades entre seis e  16 anos. Eles serão beneficiados com consultas oftalmológicas e, os que  precisarem, com óculos. O desenvolvimento do trabalho inclui triagem dos  estudantes e, quando necessário, o encaminhamento para a unidade de  referência.
Coordenadora da Escola Municipal do Sancho, Zona Sudoeste da  capital pernambucana, Bernadete Maria da Silva era uma das participantes mais  atentas da capacitação. Em quase três décadas como educadora, ela afirmou já ter  percebido problemas oftalmológicos em vários alunos. 
“Alguns apertam os  olhos para enxergar melhor ou apresentam lentidão no aprendizado e a família nem  sempre está atenta ao fato. Nesse caso, indicamos a busca pelo profissional da  área. Já vi estudantes que, depois de terem ido ao oculista, deslancharam. Acho  o Olhar Recife muito interessante. É bastante válida uma iniciativa que  facilitará e permitirá o acesso das crianças e adolescentes a um oftalmologista,  contribuindo para reduzir dificuldades na aprendizagem”, afirmou a educadora.  Ela antecipou que atuará como agente multiplicadora na unidade onde atua,  incentivando os demais profissionais do estabelecimento a participar ativamente  do programa.
