Prefeitura antecipa em 40 dias conclusão de demolição de edifício no Bairro do Recife
A Prefeitura do Recife antecipou a conclusão da demolição do imóvel número 88 da Rua da Guia, no Bairro do Recife, liberou a reabertura do comércio e normalizou a circulação de veículos na área. Iniciados no dia 11 de junho, os trabalhos tinham previsão inicial para durar três meses, mas foram finalizados em cerca de 50 dias. Motivada pela intensificação dos problemas estruturais do edifício, a ação contou com a participação da Secretaria Executiva de Defesa Civil (Sedec), da Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon) e do Gabinete do Centro do Recife (Recentro).
Durante o final de semana, o terreno foi cercado com gelos baianos e a área passou por limpeza geral. A circulação de veículos já está liberada nas ruas da Guia, Barbosa Lima e Domingos José Martins. Apenas um pequeno trecho na esquina das duas últimas permanecerá isolado, para garantir a segurança de pedestres e motoristas. “Realizamos a demolição com muito cuidado, mas também de forma muito ágil. Por se tratar de uma área de proteção histórica, o procedimento foi feito de forma criteriosa, para evitar riscos às pessoas e aos imóveis preservados. Utilizamos um guindaste com tesoura na ponta, que cortou o concreto sem causar impacto na estrutura”, explica a gerente-geral de Engenharia da Defesa Civil, Elaine Hawson.
HISTÓRICO - O imóvel em questão tinha um histórico de notificações por falta de manutenção, o que levou o município a ingressar na Justiça para que os proprietários realizassem, como prevê a lei, os devidos reparos na edificação. Ao longo dos anos, a Prefeitura seguiu todos os trâmites administrativos e judiciais para que o serviço de recuperação fosse realizado pelos proprietários. Considerando o elevado grau de comprometimento estrutural do imóvel, visualmente agravado ao longo dos anos pela ausência de manutenção mesmo após várias notificações por parte do poder público, a Defesa Civil avaliou como necessária a demolição da estrutura.
A necessidade surgiu devido ao elevado risco estrutural, possibilidade de evolução acelerada das patologias prediais e elevado risco aos imóveis do entorno, veículos e transeuntes. Os órgãos de preservação do patrimônio - em especial o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) - foram informados acerca da situação. Além disso, o Recentro estabeleceu contato com os comerciantes e empreendedores que têm estabelecimentos na área do perímetro de interdição no sentido de orientá-los sobre o processo.