Recife registra redução de casos graves e mortes por covid-19 em dezembro
Quando comparados com o mês de novembro, os casos graves caíram 59% e os óbitos por covid 45% na capital. Dados foram colhidos neste último dia de dezembro e podem sofrer alterações
Dezembro foi o melhor mês do último trimestre do ano em relação a indicadores importantes da pandemia, na capital pernambucana. É o que aponta uma análise, realizada nesta quinta-feira (31), pelo comitê municipal que acompanha os dados epidemiológicos diariamente, que levou em consideração os números de casos graves e de mortes por data de notificação e ocorrência. Foram registradas quedas significativas no número de casos graves e mortes no Recife. Apesar da melhora, a população deve continuar seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), como a higienização das mãos, uso de máscara e distanciamento social. Os números foram registrados neste dia 31 de dezembro e podem sofrer alteração por dados inseridos nos sistemas posteriormente.
Em dezembro, até agora, foram registrados 111 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) confirmados para covid-19, uma queda de 59% em relação ao mês de novembro, quando foram registrados 288 casos de srag. O número de óbitos também sofreu redução em relação ao mês anterior. Neste mês, até esta quinta (31), foram confirmadas 65 mortes em decorrência da infecção pelo novo coronavírus, uma queda de 45%, quando se compara com novembro.
O número de testes disponíveis para a população nas unidades de Atenção Básica à Saúde do município também aumentou. A oferta semanal de testes RT PCR, padrão ouro para diagnóstico da covid-19, teve incremento de mais de 750%, de maio para dezembro. Em maio, a Prefeitura do Recife disponibilizava, semanalmente, 720 testes do tipo RT-PCR. Em dezembro, esse número saltou para mais de 6.100 testes RT-PCR por semana, no sistema de agendamento do Atende em Casa. Até agora, já foram realizados mais de 85 mil testes - tanto do tipo RT PCR quanto teste rápido.
Em relação aos leitos criados pela Prefeitura do Recife, hoje a ocupação dos leitos de terapia intensiva está em 77%. Do total de 120 leitos de UTI ativos, 93 estão ocupados, sendo 44 moradores da capital internados - pouco mais da metade (52%) são residentes de outros municípios.
Na última semana, o prefeito Geraldo Julio e o prefeito eleito, João Campos, anunciaram abertura de mais 80 leitos de UTI no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, localizado na Estância, na primeira quinzena de janeiro. Com a ativação, o Recife terá um total de 342 leitos dedicados à covid-19, dos quais 200 são UTIs e 142 enfermarias.
Na fase mais crítica da pandemia, entre abril e maio, a rede de saúde da capital pernambucana não entrou em colapso graças ao maior índice de isolamento social entre as capitais brasileiras e à abertura de leitos que não existiam no início deste ano. Entre os meses de março e abril, a Prefeitura do Recife construiu sete hospitais de campanha em um prazo de 45 dias. No total, foram estruturados mais de mil leitos, sendo 313 de UTI e 741 de enfermaria.
Os hospitais de campanha municipais foram construídos na Rua da Aurora, em Santo Amaro (Hospital Provisório Recife 1); nos Coelhos (Hospital Provisório Recife 2); na Imbiribeira, (Hospital Provisório Recife 3); e nas áreas externas do Hospital da Mulher do Recife (HMR), no Curado; das Policlínicas Amaury Coutinho, na Campina do Barreto; Barros Lima, em Casa Amarela; e Arnaldo Marques, no Ibura.
Além dos sete hospitais de campanha, a Secretaria de Saúde do Recife ainda disponibilizou leitos na Policlínica Agamenon Magalhães, em Afogados, e no Hospital Evangélico de Pernambuco, unidade filantrópica conveniada à Prefeitura do Recife.
Em agosto, após mais de cinco meses de queda sustentada nos indicadores da pandemia, a Prefeitura iniciou a desativação de seis hospitais de campanha. Atualmente, apenas o Hospital Provisório Recife 1, localizado na Rua da Aurora, em Santo Amaro, permanece funcionando completamente – com 100 leitos de UTI e 60 de enfermaria. Outros 102 leitos também estão disponíveis no Hospital Evangélico e nas policlínicas municipais, totalizando 262 em funcionamento. Todos são regulados pelo Governo de Pernambuco.