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Saúde | 02.09.19 - 10h12

Prefeitura do Recife retoma ampliação do horário de vacinação nos postos de saúde

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A partir desta segunda (2), duas unidades de saúde estratégicas funcionarão das 8h às 21h, a cada dia. O foco é a vacinação das crianças (Foto: Ikamahã/Sesau PCR)

 

A Prefeitura do Recife vai retomar a ampliação do horário da vacinação em oito unidades de saúde estratégicas a partir desta segunda-feira (2). Com o aumento da procura pela vacina contra sarampo (tríplice viral), a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife vai estender o horário de funcionamento de duas unidades de saúde a cada dia, até 21h, para dar mais uma opção para quem tem dificuldade de buscar a imunização no horário comercial. A Sesau lembra que o mais importante é a vacinação das crianças.

Normalmente, as 170 salas de vacinação abrem de segunda a sexta, das 8h às 17h, fechando uma hora para almoço. Com base em experiências positivas anteriores, vão funcionar das 8h às 21h em pelo menos um dia da semana as Policlínicas Lessa de Andrade (Madalena), Albert Sabin (Tamarineira), Waldemar de Oliveira (Santo Amaro), Agamenon Magalhães (em Afogados), Salomão Kelner (Água Fria) e Clementino Fraga (Vasco da Gama), além dos Centros de Saúde Ivo Rabelo (Cohab) e Joaquim Cavalcanti (Torrões).

O cronograma do horário estendido de vacinação está disponível no site da Prefeitura do Recife, assim como a lista de todas as 170 salas de vacina. A Sesau orienta as pessoas que têm disponibilidade no horário comercial a procurar a unidade de saúde mais perto de sua casa.

De acordo com o Programa de Imunização do Recife (PNI), em julho, foram aplicadas mais de cinco mil doses da vacina tríplice viral na capital pernambucana. Já em agosto, os profissionais da Secretaria de Saúde do Recife aplicaram mais de 19 mil vacinas para sarampo. Mesmo assim, as unidades estão abastecidas. Somente na última semana, o PNI Recife recebeu cerca de 20 mil doses da Secretaria Estadual de Saúde.

O calendário de vacinação de rotina em relação à tríplice viral é: primeira dose aos 12 meses e segunda dose aos 15 meses (tríplice viral + varicela). Em agosto, o Ministério da Saúde recomendou também a vacinação das crianças com 6 meses da capital pernambucana e de  outras cidades onde houve casos confirmados.

São consideradas vacinadas pessoas de 1 a 29 anos com duas doses da vacina; pessoas de 30 a 49 anos com uma dose e profissionais de saúde com duas doses da tríplice viral. Quem está com as doses em dia ou já teve sarampo não precisa tomar a vacina novamente.

Já quem nunca teve sarampo, não está com o esquema da vacinação completo ou perdeu o cartão e não se lembra se tomou as vacinas deve procurar os postos de saúde. As doses estão disponíveis durante todo o ano nas 170 salas de vacina do Recife.

“No último mês, vacinamos muitos adultos porque a maioria perde a carteira de vacinação e não sabe se tomou a tríplice viral. É importante guardar o cartão como se fosse um documento, pois ele é essencial para a vida inteira”, reforçou a coordenadora do PNI Recife, Elizabeth Azoubel, que destaca que o foco deve ser a vacinação das crianças.

Nas crianças de 1 ano do Recife, a cobertura vacinal da primeira dose está em 87%, e a segunda está em 67% este ano. De acordo com o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, as crianças são o grupo etário mais vulnerável a formas graves do sarampo. “Se elas tiverem a cobertura vacinal ideal de 95% nas duas doses, o efeito protetor se estende pro resto da população. Por isso, pedimos a colaboração dos pais para levarem os bebês para tomar a tríplice viral e outras vacinas do calendário de rotina. E os pais não devem relaxar quanto à segunda dose da vacina, pois só assim se garante a imunização”, afirmou o secretário, que é pediatra e infectologista.

DADOS - No Recife, dos 45 casos notificados como suspeitos de sarampo este ano, três foram confirmados e 18 ainda estão em investigação, aguardando os resultados dos exames do Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O último caso confirmado foi de um paciente de 26 anos, residente no Cordeiro, que viajou para São Paulo em julho e não tinha esquema de vacinação completo comprovado. Ele está curado do sarampo e não está mais transmitindo a doença. Para evitar que o sarampo se espalhasse, a Vigilância Epidemiológica do Recife vacinou 35 pessoas com quem ele teve contato.

Os outros dois casos confirmados no Recife, em meados de agosto, foram de duas irmãs de 16 e 19 anos que moram no Cordeiro. Uma delas viajou para Porto Seguro, na Bahia, entre junho e julho. Elas também não tinham esquema de vacinação completo comprovado. As adolescentes já estão curadas do sarampo e não estão mais transmitindo a doença.

Todas as medidas de controle, como a vacinação de quem teve contato com os casos confirmados ou suspeitos (bloqueio), estão sendo tomadas pela Sesau Recife desde quando os primeiros casos foram notificados, assim como a vigilância de novos casos, através do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde do Recife (Cievs), com apoio da Secretaria Estadual de Saúde.

O bloqueio é seletivo e a vacina tríplice viral é administrada conforme a situação vacinal de quem teve contato com os casos suspeitos, na faixa etária de 6 meses a 49 anos. Acima dessa idade, se avalia a necessidade da imunização. Das mais de mil buscas ativas feitas por meio de visita domiciliar e telefone, receberam a vacina tríplice viral cerca de 550 pessoas que tiveram contato com os casos suspeitos do Recife e não comprovaram histórico de vacinação ou que tinham esquema incompleto.

“Aqui na capital, não há evidência de transmissão do vírus do sarampo dentro da cidade. Os casos confirmados até o momento têm relação com pessoas que contraíram a doença em viagem para outros estados. As estratégias de vacinação de bloqueio de quem teve contato com os casos confirmados e suspeitos têm se mostrado eficazes, impedindo que o vírus se espalhe, até o momento”, explicou o secretário Jailson Correia. 

HISTÓRICO - No Recife, ocorreu um surto de sarampo entre 2013 e 2014, com 63 casos confirmados. Em 2018, ocorreu um surto familiar, com quatro casos confirmados, com origem em um dos familiares com histórico de viagem ao estado do Amazonas, que vivenciava surto de sarampo no período.    

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