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Educação | 08.10.19 - 18h30

Robô Humanóide da PCR conta histórias infantis de superação e super-heróis criadas por alunos da rede municipal

Os autores têm deficiência cognitiva e paralisia cerebral e a iniciativa é um exemplo de que o encontro das diferenças é possível e produtivo.

Na XXII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco o Robô Humanóide NAO está fascinando crianças e adultos mostrando suas diversas facetas como cantar, dançar, caminhar por entre o público e contar histórias. Isso mesmo. Uma atividade tão humana estará sendo realizada por uma máquina, nesta quinta-feira (10), a partir das 16h, no estande da Prefeitura do Recife/Secretaria de Educação do Município.

As histórias são: “Ben, o Super Cão”, que fala de um homem que acha um osso radioativo e ao tocá-lo passa por uma mutação, transformando-se num cão com superpoderes, como voar e tornar-se invisível.   O Cão Ben tem a característica de materializar o pensamento, o que ele pensa vira realidade.  O que ocorre é que em contanto com a radiotividade, o DNA humano se misturou ao do cachorro, o que gerou super poderes. Essa transformação de homem para animal dura uma hora, mas segundo o autor, o estudante Alisson Gabriel dos Santos, 13 anos, da Escola Almerinda Umbelino, “nesse tempo e de posse desses super poderes, ele pode até salvar o mundo”.  

 Outra história contada pelo NAO é a do “Caranguejo Super Heroi”, o personagem morador de uma comunidade, sofria bullying, se achava feio e pobre, era maltratado pelo padastro e vítima de cárcere privado. De repente esse Caranguejo salva um gato, que estava no alto de uma árvore e não conseguia descer. Daí em diante ele passa a ser visto pela comunidade como super-herói. A obra foi construída por meio da função de audiotranscrição do celular do estudante para o celular do mediador.

Em comum, por trás dessas histórias, estão dois autores alunos da Rede Municipal do Recife que têm deficiência, mas que nem por isso se limitaram a fazer o pouco esperado deles. Tanto Alisson Gabriel dos Santos Silva,13 anos, que tem paralisia cerebral, quanto Davi Paulo Rodrigues, 18 anos, que tem deficiência cognitiva, enfrentaram o desafio de escreverem livros, justamente os que são contados pelo robô NAO durante a Bienal.     

O Robô NAO foi programado por alunos, na faixa etária dos 12 aos 14 anos, do Clube de Robótica do Centro de Educação, Tecnologia e Cidadania da Prefeitura (Cetec) e por uma das  coordenadoras de Robótica do Clube, Simone Zelaquett, para contar as histórias.