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Agenda do Prefeito | 07.11.19 - 17h44

Rede Municipal do Recife vai ter Sustentabilidade e Emergência Climática na grade curricular

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Anúncio foi feito pelo prefeito Geraldo Julio durante o Painel de Prefeitos pelo Clima na Conferência Brasileira de Mudança do Clima. Durante o painel prefeitos ainda assinaram declaração de intenção sobre Emergência Climática e uma carta aberta sobre o vazamento de óleo nas praias do nordeste. (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)

 

O Recife será a primeira cidade do Brasil a tornar obrigatória nas escolas públicas municipais o ensino sobre Sustentabilidade e Emergência Climática a grade curricular. O anúncio foi feito pelo prefeito Geraldo Julio, na manhã desta quinta-feira (7), na Conferência Brasileira de Mudança do Clima. Geraldo, que é presidente para a América do Sul do ICLEI – Rede de Governos Locais Pela Sustentabilidade, afirmou que vai enviar o Projeto de Lei para a Câmara Municipal  ainda este ano, para que a disciplina entre no calendário escolar já em 2020. O anúncio aconteceu durante o Painel de Prefeitos pelo Clima na Conferência Brasileira de Mudança do Clima, no Arcádia do Paço Alfândega.

O prefeito Geraldo Julio detalhou como vai ser iniciativa. “Um estudo realizado pela Universidade da Carolina do Norte comprovou que quando se coloca esse tema no currículo, além dos alunos, os pais se engajam muito mais. Nosso objetivo é aprovar ainda este ano, para que já no início do próximo ano tenhamos na nossa grade curricular essa disciplina. A meta é que os alunos tenham toda a semana esse tema, e que saiam de lá e possam compartilhar com seus pais, amigos e família, aumentando assim cada vez mais o movimento em prol do meio ambiente”, afirmou Geraldo Julio que comandou o Painel de Prefeitos pelo Clima. 

O painel foi mediado pelo prefeito Geraldo Julio e contou com as presenças dos prefeitos Rui Palmeira, de Maceió (AL), Roberto Cláudio de Fortaleza (CE) e Ary Vanazzi de São Leopoldo (RS), que também é presidente da Associação Brasileira de Municípios.  Na ocasião os prefeitos assinaram declaração de intenção de levar para os seus municípios, o decreto reconhecendo a Emergência Climática, assinado pelo prefeito na abertura da CBMC. 

No encontro, o prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, defendeu que o combate  as mudanças climáticas não pode ser partidário. “Esses tempos medievais no Brasil não podem tornar o meio ambiente objeto de divisão de disputa. Essa é uma questão dos tempos, uma imposição da humanidade. A forma em que vivemos, geraram uma crise ambiental que já traz consequências importantes na vida humana. Que a sobrevivência da espécie humana possa nos unir”, afirmou o gestor. 

Ary Vanazzi prefeito de São Leopoldo e presidente da Associação Brasileira dos Municípios (ABM) falou sobre a importância dos investimentos para implementação dos projetos ambientais. “Toda a política que nós tínhamos de financiamentos não existe mais. Isso reduziu enormemente a capacidade dos municípios de investirem na recuperação, no saneamento, na drenagem urbana, na política de educação ambiental, por exemplo. Não há política ambiental sem investimentos e acho que hoje temos que avançar para retomar a política do governo federal nessa área”, enfatizou. 

Rui Palmeira, prefeito de Maceió, destacou os desafios que a cidade e todo o litoral nordestino sofre hoje como o avanço do mar. “Hoje o avanço do mar é um dos nossos maiores desafios, que vem acontecendo dia após dia e os paliativos que são feitos não sabemos até quando vai durar. São questões que precisam ser aprofundados o debate e as cidades brasileiras precisam esta a frente dessas discussões”, avaliou.  

CARTA ABERTA - Ao final do painel, os prefeitos também assinaram a Carta dos Prefeitos sobre o vazamento de óleo, se posicionando sobre o desastre ambiental que afetou o litoral nordestino. Na carta os prefeitos externaram sua preocupação com os efeitos e incertezas sobre o vazamento de óleo e cobraram posicionamento do governo federal sobre o desastre ambiental e social que vem atingindo a costa do nordeste. A carta aponta a necessidade do Governo Federal apoiar a cadeia produtiva da pesca, buscar estudar cientificamente as consequências ambientais e sociais da crise e as causas para que se chegue a uma solução definitiva.