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Saúde | 25.11.19 - 14h11

Mulheres do Mãe Coruja participam de oficina para brincar com bebês

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Objetivo do encontro foi promover o brincar autônomo para as crianças. (Foto: Cortesia)

 

Dez mães e seus filhos, moradores do bairro de Água Fria, zona Norte da capital pernambucana, participaram, na última quarta-feira (20), do encerramento da Oficina de Movimento Livre para bebês. A atividade aconteceu no Espaço Mãe Coruja da Policlínica Salomão Kelner, dentro da comemoração pelos 30 anos da Convenção Sobre os Direitos da Criança.

Os encontros entre as mulheres e a facilitadora da oficina, Tetê Brandão, do Ateliê de Brincar, aconteceram desde agosto, com o objetivo de promover o brincar autônomo para os bebês. As atividades são baseadas na abordagem Pikler, que defende o desenvolvimento neuropsicomotor da criança a partir do movimento livre. “Já são três meses acompanhando a evolução dessas crianças. E perceber a autonomia, a autoconfiança que eles desenvolveram através das atividades e propostas adequadas para cada um, é gratificante”, contou Tetê, que também é contadora de histórias e especialista em Educação Infantil.

O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, ressaltou a importância do 30º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança e como esse tratado ajudou a transformar a vida das crianças e dos adolescentes em todo o mundo. “O dia de hoje é um símbolo, pois foi a partir dele que se tornou um direito, nessa idade, brincar e desfrutar de uma infância plena”, disse Jailson. “Toda criança que é estimulada até os três anos de idade leva como reflexo todo aprendizado que adquiriu para o resto da vida”, explicou o secretário, que também é médico pediatra.

Uma das mães que concluiu a oficina é Mônica Freire, mãe de Wesley, que tem 1 ano e 4 meses. Ela é acompanhada desde a gravidez, e conseguiu notar o progresso do filho com as práticas oferecidas pela Prefeitura do Recife. “Aqui, ele pode interagir com outras crianças da mesma idade, aprender novas coisas, e eu enxergo que muitas dessas ele já faz sozinho”, orgulhou-se Mônica, que também incluiu o bebê na natação – outra atividade oferecida pelo programa.

MÃE CORUJA - O Programa Mãe Coruja Recife acompanha a gestante durante o pré-natal, parto e puerpério, além do filho até os 5 anos, 11 meses e 29 dias de idade. Nele, são desenvolvidas ações intersetoriais, envolvendo várias Secretarias Municipais que criam uma rede de apoio para o cuidado integral à mulher, filho e família, proporcionando a transformação de sua realidade.

A Prefeitura do Recife possui 13 Espaços Mãe Coruja (Santo Amaro, Joana Bezerra, Água Fria, Torrões, Emocy Krause, Bernard Van Leer, Brejo da Guabiraba, Macaxeira, Maria Rita, San Martin, Coqueiral, COHAB e Ibura. Quase 12 mil mulheres e 9 mil crianças passaram pelo programa. Foram entregues quase 9 mil kits bebês, constituídos por 12 itens de higiene e de enxoval, que são disponibilizados àquelas gestantes cadastradas que realizem, no mínimo, sete consultas de pré-natal no SUS.

TRATADO - A convenção sobre Direitos da Criança foi adotada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 20 de novembro de 1989 (que considera criança todo ser humano com menos de 18 anos de idade). Entrou em vigor em 2 de setembro de 1990 e o Brasil é um dos 196 países que aprovaram o documento. É o instrumento de direitos humanos mais aceitos na história universal, tem 54 artigos que reúnem os direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos de todas as crianças e, por sua vez, define as responsabilidades de pais, professores, médicos, etc.

O item um do artigo dois da Convenção estabelece que os países signatários devem respeitar os direitos de cada criança em sua jurisdição, sem nenhum tipo de discriminação, independentemente de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional, étnica ou social, posição econômica, deficiência física, nascimento ou qualquer outra condição da criança, de seus pais ou de seus representantes legais.