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Saúde | 13.12.19 - 10h37

PCR lança Linha de Cuidado em Tuberculose

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O guia engloba os protocolos nacionais e traz orientações de como manejar a tuberculose no município (Foto: Cortesia)

 

O Recife é a primeira cidade do País a implementar uma Linha de Cuidado ao Paciente com Tuberculose. Na última quarta-feira (11), a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife, por meio do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, lançou no auditório do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), bairro do Espinheiro, um guia com recomendações para o controle da doença na capital. O guia está disponível no nosso portal.

O documento uniformiza os protocolos e diretrizes presentes no Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, do Ministério da Saúde, e apresenta aos profissionais do município os fluxos assistenciais para as ações de monitoramento da tuberculose na rede municipal de saúde.  “Conseguimos fazer um documento que engloba os protocolos nacionais e traz orientações de como manejar a tuberculose no município, deixando claro para os profissionais como e onde os pacientes acometidos por essa doença devem ter o devido tratamento”, explicou Silvana Lira, coordenadora do Programa Municipal de Controle da Tuberculose.

O lançamento foi direcionado aos colaboradores das equipes de saúde. “Trazer um guia para nós profissionais é de suma importância, pois tuberculose é uma doença endêmica, e todo aquele que faz parte da equipe de saúde precisa entender o manejo e a linha de cuidado para os pacientes. Com certeza o protocolo impactará positivamente tanto para o serviço, quanto para a população”, destacou Adriane Rego Barros, médica da Unidade de Saúde da Família Coqueiral. Os profissionais também assistiram a uma apresentação sobre o esquema terapêutico para a doença.

A nova Linha de Cuidado também chama atenção para a continuidade do tratamento através da criação de vínculo do paciente com o profissional. “Como o tratamento tem duração de seis meses de antibióticos, muitas pessoas desistem de completar os cuidados quando melhoram. Cabe ao profissional ter um olhar mais sensível e explicar ao paciente que o tratamento irregular pode causar complicações”, alertou Silvana Lira. 

De janeiro a setembro deste ano, foram confirmados mais de mil casos da doença no Recife. Desse total, mais de 60% chegaram à cura, enquanto 14% abandonam o tratamento. No último mês, na Semana Estadual de Enfrentamento à Tuberculose, profissionais da Secretaria de Saúde do Recife fizeram ações para conscientizar as pessoas sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, busca ativa para coleta de escarro. 

Médicos e enfermeiros da Atenção Primária passaram por formação, em outubro, sobre o enfrentamento às doenças negligenciadas, entre elas tuberculose e hanseníase. O objetivo da capacitação, que incluiu ainda profissionais da Vigilância Epidemiológica e coordenadores de área, foi torná-los multiplicadores das intervenções para reduzir a incidência das duas doenças na capital pernambucana. 

DOENÇA – A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria (Bacilo de Koch). A doença é mais comum no pulmão, mas também pode afetar ossos, rins, olhos, meninges, pele etc. A tuberculose é transmitida por vias aéreas, pela fala, tosse ou espirro da pessoa com a doença ativa. Os sintomas são tosse por mais de três semanas, que pode ser acompanhada por febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga.

A doença é curável, mas pode matar se não for tratada adequadamente. Todas as unidades de saúde da família do Recife realizam tratamento, que consiste em uso de antibióticos por, em média, seis meses. Com 15 dias de tratamento, o paciente já pode deixar de transmitir a doença.  A principal forma de prevenção da tuberculose em crianças é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente na rede pública de saúde.

SANAR RECIFE - Para atender as doenças transmissíveis consideradas negligenciadas (hanseníase, filariose, tuberculose e geo-helmintíase), a Prefeitura do Recife criou, em 2013, o programa Sanar Recife, que conta com ações como assessoramento de unidades de saúde; acompanhamento, tratamento e investigação dos casos; fortalecimento da assistência laboratorial, fortalecimento da rede de atenção básica e promoção de ações de educação em saúde.