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Inovação Urbana | 29.07.20 - 15h38

Primeiro Laboratório de Inovação apresenta soluções inovadoras

A equipe vencedora desenvolveu o projeto “Baronesa”, protótipo de um jardim filtrante e flutuante feito com material reciclado. O prêmio é a incubação, mentoria e divulgação da solução. 

 

O Laboratório de Inovação - Edição Julho sem Plástico, realizado pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria Executiva de Inovação Urbana do Recife, concluiu sua primeira etapa no último domingo (26/07). Após uma semana de Ciclos de Conversas sobre pautas como inovação, tecnologia, sustentabilidade e cidades; e uma Jornada de Trabalho que durou o final de semana inteiro com a participação de mentores convidados e da própria secretaria, o encerramento aconteceu com as apresentações das soluções encontradas pelas equipes através do canal do Mais Vida nos Morros no Youtube, onde a banca avaliadora revelou  a equipe vencedora. 

Os vinte participantes foram divididos em quatro equipes, onde eles se uniram para pensar em soluções inovadoras que ajudassem a minimizar o impacto ambiental que a poluição do plástico provoca no planeta através de um protótipo de baixo custo e alto impacto. A ideia foi transformar o plástico que é descartado incorretamente em solução para os desafios urbanos das nossas cidades através da reciclagem criativa e de acordo com os três pilares do desenvolvimento sustentável: econômico, social e ambiental. 

A solução da equipe formada por Lacyjane Santos, Luiza Bandeira, Elder Vinicius, Bruna Albuquerque e Vitória Santiago foi a vencedora. Juntos, eles desenvolveram o projeto “Baronesa”, que é um protótipo de um jardim flutuante feito com material reciclado e plantas que filtram as impurezas da água. Eles cumpriram todos os critérios estabelecidos pelo desafio da proposta como: alinhamento com o desafio proposto; adaptabilidade e replicabilidade; escala humana; inclusão e; inovação social. A equipe será contemplada com incubação, mentoria e divulgação da solução. 

Para a participante da equipe vencedora Bruna Albuquerque, advogada e gestora ambiental,a experiência de participar do Laboratório de Inovação foi bem intensa. Eles tiveram dois dias para chegar a uma solução com a orientação dos mentores. “Nosso projeto se chama Baronesa, que é um grande símbolo dos nossos rios e que acabou sendo um indicativo de poluição, já que essa planta se alimenta da matéria orgânica no rio e, com o deságue de esgoto, a situação sai do controle. Nossa solução é um protótipo de jardim flutuante feito com plásticos reciclados para atuar na filtragem dos rios, começando pelo Rio Tejipió, que possui 20 km de extensão, sendo 18km em Recife, e é um dos mais poluídos”, destacou Bruna. 

A mentoria foi feita por uma equipe de especialistas que contou com a colombiana Mestre em Design, Inovação e Sustentabilidade (ED/UEMG) e Doutora em Desing (ESDI/UERJ), Cris Ibarra; o fundador do Projeto Ary Peter Cidadania na comunidade de Alto José Bonifácio, José Edson; a CEO&COO da Trêsbê Educação, Inovação e Eventos, Dani Bezerra; o Gerente de Inovação no Porto Digital, cientista de dados, Advogado e Gestor Ambiental, Caio Scheideggar e; a Empreendedora, Cofundadora da Ionica e Diretora de Impacto, Ushi Araújo. 

A banca de avaliadores foi composta pela Designer e Sócia do CTO do Fab Lab Recife, Cris Lacerda;  o Arquiteto e Urbanista, Gestor de Prototipagem e Soluções Urbanas da Secretaria Executiva de Inovação Urbana do Recife, César Araújo e; Fundador e Idealizador do projeto Alto Sustentável, Hamon Dennovan.

“Estamos muito satisfeitos com o primeiro Laboratório de Inovação e pelas discussões desenvolvidas, mas, principalmentes, pelas soluções apresentadas pelas equipes. Todas  tem potencial para serem implantadas pela cidade. Foi um grande passo para fomentar um ecossistema de empreendedorismo e inovação, voltado para upcycling. São soluções que podem transformar os problemas  ambientais em  oportunidade para a cidade”,  destacou o Secretário Executivo de Inovação Urbana, Tullio Ponzi. 

Outra equipe participante desenvolveu o projeto “Jorema”, que teve como proposta promover ações de educação ambiental usando como ferramenta um mobiliário urbano feito de plástico reutilizado. A ideia é promover interação lúdica e educativa sobre o meio ambiente, em forma de jogo da velha e jogo da memória.  Já o projeto “RecicloPark”, trouxe a ideia da implantação de ecopontos para descarte do plástico com um sistema de trituração mecânica ativado pela força motriz da bicicleta, em parques e escolas da cidade. E o projeto “Casa Composta” apresentou a criação de uma composteira feita a partir da reciclagem criativa do plástico, com o intuito de conscientizar as pessoas da necessidade do reaproveitamento. Você pode conferir todas as apresentações clicando aqui.