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Juventude | 01.10.17 - 21h56

I Festival de Juventude do Recife leva cultura e lazer para o Parque da Macaxeira

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Apresentações musicais e oficinas fizeram parte da programação do evento da Prefeitura do Recife que recebeu uma prévia do Coquetel Molotov. (Foto: Lú Streithorst/PCR)

 

 

O I Festival de Juventude do Recife levou uma programação repleta de lazer e cultura para o Parque da Macaxeira, neste domingo (1º). O evento realizado pela Prefeitura do Recife contou com apresentações musicais, intervenções artísticas, oficinas, rodas de diálogo, feirinha e uma prévia do festival No Ar Coquetel Molotov, com o objetivo de promover um encontro de celebração entre as diversas “juventudes” da cidade, para que se integrassem e trocassem ideias sobre suas manifestações culturais e políticas.

Trazendo como pano de fundo a luta pela garantia dos direitos da juventude recifense, o festival teve como tema #AfirmandoOsSeusDireitos e foi organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas Sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife, em parceria com o Conselho Municipal de Políticas Públicas de Juventude (CMPPJ), o No Ar Coquetel Molotov, a Secretaria Municipal de Turismo, Esportes e Lazer e diversas outras secretarias da Prefeitura do Recife. 

“Ficamos muito satisfeitos por oportunizar aos jovens o acesso à cultura e ao lazer, estimulando a participação da juventude neste importante espaço de convivência da cidade”, disse a secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas Sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife, Ana Rita Suassuna, enquanto assistia à apresentação do Afoxé Oxum Pandá.

A secretária-executiva de Juventude do Recife, Camila Barros, ficou satisfeita ao ver os jovens afirmando seus direitos à cultura e ao lazer. “Foi muito bom trazer essa diversidade da juventude para um único lugar e poder ver o jovem ocupando o espaço público. É um momento de celebração, mas trouxemos a discussão política para dentro do festival, debatendo questões importantes como o impacto da reforma do ensino médio na vida dos jovens. Queremos que o festival faça parte da agenda da cidade”. 

Durante a tarde deste domingo, foram oferecidas à população oficinas de grafite e de turbante, aulão de breakdance (dança de rua), bate papo sobre igualdade racial e intolerância religiosa, gênero e empoderamento feminino, além de discussões sobre projetos de vida, com o objetivo de incentivar o jovem a sonhar e a buscar a realização desses sonhos.

O arte-educador Teógenes Armando, do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Prefeitura do Recife, foi um dos responsáveis por ensinar cerca de cem jovens a grafitar blusas usando a técnica do externo (uma espécie de forma), com spray, tinta de tecido e pincel. “A ideia foi fazer com que os próprios jovens fizessem a arte deles, para que fossem protagonistas, ao invés de copiarem uma arte que já existe. A gente não direciona muito, pra não inibir. Deixamos eles mais livres pra dialogar com as cores”.

O estudante João Marcos Rangel, 15 anos, disse que a oficina de turbante quebrou tabus. “Eu, assim como muita gente, achava que turbante era coisa só de mulher. Quando vi um homem colocando, resolvi botar também. E achei muito bom ter um festival desse porque incentiva a juventude a se envolver mais. É uma oportunidade de o jovem se divertir, aprender e também mostrar seus talentos”, avaliou João, que é um dos mais jovens membros do Conselho Municipal de Juventude.

MOLOTOV – Depois das apresentações do DJ Fábio Cavalcante e do grupo de afoxé Oxum Pandá, o I Festival de Juventude do Recife foi palco de uma prévia da 14ª edição do festival No Ar Coquetel Molotov, com a apresentação do músico e produtor pernambucano Barro e do grupo de rap Arrete. “Pra gente está sendo uma honra ocupar o Parque da Macaxeira e poder trazer música pra esse espaço público. Foi tudo incrível e espero que seja a primeira de muitas parcerias com esse festival”, disse Ana Garcia, produtora do Coquetel Molotov. 

As cinco mulheres do Arrete cantaram músicas do primeiro CD do grupo, que, entre outros temas, abordam o empoderamento da mulher nordestina, como “Sempre com a frota”, “Caixinha de surpresa” e “Bang bang”. “Ficamos muito felizes pelo convite. Foi uma ótima oportunidade de mais gente conhecer nosso trabalho”, disse Wedja Lins, 29 anos. 

A programação terminou com o show do cantor Barro, que foi um dos principais lançamentos musicais do Recife em 2016. “É uma maravilha estar aqui tocando no quintal de casa. Lancei meu primeiro disco no Coquetel Molotov do ano passado e agora estou aqui na Macaxeira, um ano depois, tendo a oportunidade de participar de uma prévia do Molotov no Festival de Juventude. O show tem tudo a ver com essa celebração de um ano do disco Miocárdio”, disse o jovem cantor e produtor, que tocou semana passada no Parque Ibirapuera, em São Paulo.