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Meio Ambiente | 01.11.16 - 11h29

Cais do Imperador já transforma paisagem do bairro de Santo Antônio

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O novo espaço público foi inaugurado na tarde desta sexta (21) e abriga café-bar com vista para o rio (Foto: Marcos Pastich/PCR)

 

A cidade do Recife recebeu mais um espaço público para o lazer da população. Trata-se da Estação Ecoturística Cais do Imperador, inaugurada nesta sexta (21), pela Prefeitura do Recife. O novo equipamento, localizado às margens do Rio Capibaribe, na Avenida Martins de Barros, no Centro do Recife, ocupa uma área de 598 m². O novo Cais conta com terraço de contemplação do rio, arquibancada para eventos e um café-bar.

Cais do Imperador é a busca da revitalização de um espaço que estava abandonado, e que ninguém conseguia mais enxergar a beleza desse lugar. Esse é mais um cartão-postal da nossa cidade. Aqui estamos não só valorizando o espaço, mas resgatando história, cultura e valorização do centro do Recife. Com este equipamento damos mais um passo no sentido de oferecer mais qualidade de vida, mais espaços de lazer e de contato com a natureza para serem frequentados pela população”, destacou a Secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife,  Inamara Mélo.

O espaço conta com lâmpadas LED, mais econômicas, valorizando a fachada das duas construções históricas. Nos degraus da arquibancada e no piso, as lâmpadas são embutidas.  Elas também iluminam as árvores e muros. Também foi feita uma estação de bombeamento e tratamento de esgoto e um telhado verde. Ocupando 170 m², a coberta do café-bar recebeu a planta ipomeia, característica de dunas costeiras.

Duas edificações históricas do cais utilizadas no passado como banheiro público também foram restauradas e deverão abrigar um balcão de informações turísticas e um Econúcleo, estrutura da Prefeitura do Recife destinada à educação ambiental.

A obra, com projeto assinado pelos arquitetos Antônio Machado e Romero Pereira, secretário executivo de Unidades Protegidas da Secretaria de Meio Ambiente e sustentabilidade do Recife, durou um ano e foi financiada pelo mecanismo de compensação ambiental envolvendo três empresas num total de R$ 900 mil.

Uma cafeteria operará o espaço, por meio de permissão de uso onerosa, forma de utilização de bens públicos por parceiros privados. A escolha dessa modalidade ocorreu, como prevê a legislação, depois de publicados três editais de licitação. A empresa Deltaexpresso, além de pagar um valor mensal à prefeitura, se responsabilizará pela manutenção e vigilância da estação ecoturística.

HISTÓRIA - Quatro painéis fixos descrevem a evolução histórica e urbanística do lugar, onde o Imperador Dom Pedro II desembarcou com a família em 1859 para uma visita de 31 dias a Pernambuco.  Bilíngues, os painéis medem 1,8 m de largura por 60 cm de altura. Informam desde o processo de ocupação do largo, no século 17, até a instalação, na atual Praça 17, de monumento comemorativo à primeira travessia do Atlântico Sul, em 1922. A bela escultura é composta por um Ícaro em bronze voltado para o rio e os bustos dos aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, autores da proeza.

Anteriormente denominado de Cais do Colégio, em alusão a uma escola jesuíta existente até 1759, passou a se chamar 22 de Novembro depois da visita do imperador. A riqueza arquitetônica da Praça 17 se completa com a Igreja do Divino Espírito Santo, tombada como patrimônio nacional em 1972. À frente da estação ecoturística vê-se o Paço Alfândega e a Ponte Giratória, por onde deságuam os Rios Beberibe e Capibaribe.