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Cultura | 03.09.12 - 09h57

Educação e parceiros realizam debates para adolescentes do 5º ano sobre violência

Educandos e educadores serão familiarizados sobre negligências e violências no ambiente em que vivem

Por Marcos da Silva

Debates sobre violência, direcionados a estudantes do 5º ano, estão sendo realizados às terças-feiras, sempre às 14h, na Escola Municipal Antônio Farias Filho, em San Martin. O intuito é esclarecer aos jovens, preferencialmente na faixa etária entre 11 e 12 anos, sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A iniciativa é da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer do Recife (Seel), por meio do Programa Escola que Protege, em ação conjunta com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Cidadã (SDHSC) em parceria com a Secretaria de Defesa Social (SDS).

As discussões fazem parte do Projeto de Direitos Humanos para Crianças e Adolescentes nas Escolas Municipais do Recife (Prodhem), que está sendo implantando na Rede Municipal de Ensino do Recife, e tratam das diferenças étnicorraciais e de gênero; inclusão social; as formas de violência; a importância da cultura de paz e a prevenção ao uso de álcool e drogas.

Os esclarecimentos foram divididos em três módulos com a participação das três secretarias. Primeiro, os educandos e educadores foram familiarizados sobre as negligências institucionais: domésticas e escolares. Nesta terça-feira (4), entram em pauta as violências físicas e psicológicas. A partir da terça-feira (11), os adolescentes e os profissionais de ensino serão esclarecidos sobre as violências sexuais, mais precisamente, abuso e exploração.

Nosso objetivo é que os estudantes tomem consciência de si próprios, do ambiente em que vivem e descubram as suas próprias perspectivas. Que observem quando a criança tem toda a atenção da família e quando são abandonadas em casa, resultando em sérios acidentes como incêndios, que deixam marcas irreparáveis ou até resultam em morte”, explica a coordenadora da Secretaria de Educação no Prodhem, Luísa Albuquerque.

De acordo com Luísa, os casos de violência ou negligência detectados são encaminhados ao atendimento psicológico da Secretaria de Educação. Já as situações de dependência do álcool e drogas são atendidas nos Centros de Atendimento Psicossocial (Caps), da Secretaria de Saúde. “Com o objetivo de fortalecer a autoestima, contamos com a participação da Polícia Militar, através do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), para que esses jovens digam não ao uso do álcool e das drogas”,  acrescenta a coordenadora.

Abrangência - Ao todo, nove escolas onde foram detectados significativos índices de vulnerabilidade social serão atendidas pelo Prodhem. A Escola Municipal Antônio Farias Filho é a primeira delas.


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