Representantes da Anvisa discutem ações voltadas para a Copa do Mundo de 2014 com gestor da Saúde
Encontro contou ainda com a participação de técnicos da Vigilância Sanitária estadual e municipal
[/caption]O secretário de Saúde do Recife, Humberto Antunes, se reuniu na manhã desta sexta-feira (04) com representantes das agências Nacional e Estadual de Vigilância Sanitária (respectivamente Anvisa e Apevisa) e diretores e técnicos de setores afins no município. O encontro ocorreu no gabinete da pasta, no 13o andar do edifício-sede da Prefeitura do Recife, e contou ainda com a presença da assessora executiva da Saúde, Aexalgina Tavares.
O principal assunto da pauta foi a articulação entre as três esferas do poder no que se refere à implementação de ações e metas voltadas principalmente para a Copa do Mundo de 2014, que terá a capital pernambucana como uma das suas 12 cidades-sede. “Queremos estruturar e qualificar a Vigilância Sanitária para receber os visitantes que virão acompanhar os jogos. Percebemos que muitos gestores centram seus focos somente na assistência e queremos pedir apoio também para as ações de Vigilância à Saúde serem incluídas urgentemente nos planejamentos, minimizando riscos referentes a alimentos e serviços de saúde”, explicou a gerente-geral da Anvisa, Débora Resende.
Segundo o secretário Humberto Antunes, as atenções e prioridades da Prefeitura do Recife em relação à Copa do Mundo de 2014 são as maiores possíveis. “Até pela amplitude do evento, existem muitas dificuldades, mas atuaremos de forma a contribuir e facilitar a efetivação de todos os processos. A realização do campeonato internacional em nosso território é uma grande oportunidade para o Brasil e queremos estar com as estruturas e necessidades concluídas antes mesmo da Copa das Confederações, já em 2013”, comentou.
Segundo os representantes da Anvisa, o Recife está bastante adiantado em relação a alguns processos envolvendo a Copa. A capital pernambucana, por exemplo, é uma das únicas sete no País a contar com um laboratório municipal trabalhando de forma associada à Vigilância Sanitária. “A integração entre os dois órgãos é fundamental. Atletas e visitantes não vêm sozinhos. Eles trazem também comidas, doenças e resistências imunológicas. Nossos profissionais têm que estar capacitados para atender a essas demandas”, completou Laís Dantas, gerente-geral de Laboratórios de Saúde Pública da Anvisa.
Prévia – Também ganhou destaque na reunião a realização do primeiro grande evento-teste para a Copa do Mundo, ocorrido no Recife, em fevereiro deste ano, na véspera e no dia do desfile do Galo da Madrugada. A instalação de barreiras sanitárias em nove pontos de acesso ao cortejo do clube de máscaras restringiu a circulação de alimentos em áreas dos bairros de Santo Antônio e São José.
Em cada parada, estavam técnicos de Vigilância Sanitária das esferas municipal, estadual e federal, além de atores como integrantes da Diretoria de Controle urbano (Dircon), Guarda Municipal e Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). No processo, as equipes usaram o Risk Manager, sistema de automatização dos processos de gestão de riscos. O equipamento permite monitoramento contínuo e em tempo real a partir da inserção de variáveis como identificação de infrações sanitárias, medidas adotadas nesses casos e ocorrência de desastres naturais. Com isso, possibilita a quantificação e qualificação dos riscos, ajudando na tomada de decisões e na priorização das ações.