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Mulher | 06.05.19 - 14h38

Principais parceiros do Hoje menina, Amanhã Mulher encontraram-se para planejar a segunda etapa do programa

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Três meninas da primeira turma foram destaque e serão monitoras na segunda fase do projeto (Foto: Cortesia)

 

"Antes de entrar nesse projeto, eu tinha baixa auto estima. Hoje, tenho plena consciência do meu lugar e do poder da minha voz. Eu sou um fruto desse empoderamento e quero ser semente para outras meninas", disse Nívea Maria, uma das participantes do projeto Hoje menina, Amanhã mulher, uma iniciativa da Secretaria da Mulher do Recife, Unicef e Centro das Mulheres do Cabo. Nívea e mais duas colegas - Melissa e Carminha - irão ser monitoras da segunda etapa do projeto que tem início no final do mês de maio. O anúncio foi feito hoje (6) pela manhã, na reunião de planejamento com os parceiros, no Centro de Formação de Educadores  Professore Paulo Freire, no bairro da Torre.

Presente no evento, a secretária da Mulher do Recife, Cida Pedrosa, comentou que o Hoje Menina conta com a participação de muitas mãos dentro da gestão pública e ressaltou o papel importante da sociedade civil no sucesso do projeto. "As meninas se empoderam e o poder público constrói políticas públicas para essa faixa etária. o novo decreto de enfrentamento à violência de gênero já tem essa discussão. Foi experienciando esse público que trouxemos esse olhar. Elas têm muito o que dizer", comentou.

Nivete Azevedo, coordenadora do Centro da Mulheres do Cabo, complementou a fala de Cida dizendo que "o projeto tem como política a desconstrução do patriarcado desde a infância, construindo com elas um processo de empoderamento na direção de uma sociedade mais justa e mais igualitária, com a participação ativa das mulheres". O Centro das Mulheres é um dos parceiros responsáveis pelas oficinas de gênero, identidade racial, direitos reprodutivos entre outros temas ligados à participação política e social das meninas.

O cônsul da diplomacia pública do Consulado Americano, Daniel Stuart, comentou, em sua fala, a importância de apoiar o projeto e as ações de intercâmbio entre Recife e os Estados Unidos. Já Denis Larcen, representante do escritório da Unicef no Recife, se disse assustado com os altos índices de assassinatos de jovens no Brasil e sobre as dificuldades encontradas pelas mulheres no país. " O bom é que o projeto olha muitos fatores - racismo, gênero. A primeira fase foi fantástica, mas queremos mais do que isso. Espero que essa segunda fase seja melhor", falou.

Os gestores da sociedade civil e do poder público estiveram reunidos, durante toda a manhã, para validar as ações propostas para 2019. A previsão é que as atividades comecem em junho deste ano e sigam até janeiro de 2020. Na gestão municipal, estão envolvidas diversas pastas: Juventude, Saúde, Direitos Humanos, Educação, Segurança Urbana e Mulher.