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Direitos Humanos | 09.11.17 - 11h18

Conferência Municipal de Igualdade Racial é encerrada com eleição de novos conselheiros

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Nesta terça, também foram eleitos 20 delegados, sendo cinco governamentais e 15 da sociedade civil, para representação do Recife na Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Foto: Lu Streithorst/PCR)

 

A 4ª Conferência Municipal de Promoção da Política de Igualdade Racial foi encerrada, nesta terça-feira (8), com a eleição dos 24 novos membros, entre titulares e suplentes, do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (CMPIR). O resultado será publicado no Diário Oficial do Recife. Com o tema "Recife na década dos afrodescendentes: reconhecimento, justiça, desenvolvimento e igualdade de direitos", o evento durou dois dias e foi promovido pelo conselho e pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos da Prefeitura do Recife, no Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau), nas Graças. Nesta terça, também foram eleitos 20 delegados, sendo cinco governamentais e 15 da sociedade civil, para representação do Recife na Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial.

Rosilene Rodrigues é uma das novas conselheiras que foi eleita para representar a Região Político-Administrativa 4 pelos próximos dois anos. "Precisamos trabalhar pelo fortalecimento do conselho, para que se solidifique a política de igualdade racial e para que possamos implementar as leis que já temos disponíveis e também fazer com que a cidade se revigore no enfrentamento ao racismo", disse Rosilene, que é moradora do bairro da Iputinga e vai participar de um conselho pela primeira vez. 

Os mais de 120 participantes da conferência, entre representantes da sociedade civil e do governo, fizeram algumas propostas para a política pública de igualdade racial do Recife, como a criação do Fundo Municipal da Igualdade Racial, a implantação de um centro de referência para vítimas de racismo e a implantação de políticas educacionais contra o racismo institucional para servidores da Guarda Municipal e da Polícia Militar. 

De acordo com a secretária-executiva de Direitos Humanos do Recife, Elizabete Godinho, a conferência cumpriu os seus objetivos e garantiu a participação da sociedade, dando à política de promoção da igualdade racial do Recife um caráter democrático. "É totalmente pertinente a realização da conferência neste momento em que precisamos fortalecer a nossa democracia, com a participação direta das pessoas. Dos debates destes dois dias, vieram propostas para saúde, assistência social, direitos humanos, segurança e cultura; tudo voltado à promoção da igualdade racial", destacou a secretária.

A gerente de Igualdade Racial do Recife, Girlana Diniz, explicou que é atribuição da Prefeitura do Recife fortalecer as ferramentas de controle social, como os conselhos municipais. "Fizemos reuniões em todas as áreas da cidade para sensibilizar a sociedade civil sobre a importância da participação na conferência para eleição do conselho e para discutir as propostas. Governo e sociedade precisam se unir para que consigamos cumprir algumas demandas, como a construção de um plano de combate ao extermínio da juventude negra, que já está em andamento, e o teste para diagnóstico da doença falciforme", destacou a gestora.