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Cultura | 10.02.14 - 11h08

Secretaria da Mulher do Recife promoverá curso de gestão de resíduos sólidos para catadoras do Arruda

Começa nesta terça-feira (11), o curso de formação técnica e sociopolítica para 50 catadoras de resíduos sólidos do bairro do Arruda e comunidades do entorno. As aulas acontecerão no Centro Comunitário Salesiano, na Estrada do Arraial e seguem até março. O objetivo da formação é fortalecer os conhecimentos das catadoras que atuam de forma avulsa, incentivando a formação de uma cooperativa para atuar no Galpão de Triagem da Emlurb, que está sendo construído no Arruda. A ação faz parte do programa Mulher, Trabalho e Renda, da Secretaria da Mulher do Recife, em parceria com a Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlurb) e será executada pela Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional (Fase).

Pontos como gênero, raça/etnia e mundo do trabalho estão no primeiro módulo. Já na segunda parte, as alunas aprenderão gestão aplicada à cadeia produtiva de resíduos sólidos, cooperativismo e como funcionará o galpão. Serão duas turmas, uma pela manhã e uma à tarde com aulas duas vezes por semana, com 25 catadoras cada. O investimento é de R$149.877,50 e as participantes terão uma bolsa de R$ 300 ao final do primeiro e do segundo mês da formação. Para a realização do curso foi realizada uma busca-ativa para cadastramento das catadoras que atuam no Arruda e entorno, em especial das que atuam sozinhas no processo de catação, já que as condições de vulnerabilidade as quais estão sujeitas são maiores.

“Essas mulheres tinham uma renda quinzenal de 15 a 20 reais. Com o curso, elas poderão se qualificar, eliminar o intermediário e fortalecer as cooperativas. É um primeiro passo que a Secretaria está dando para melhorar a vida dessas mulheres”, disse a secretária da mulher do Recife, Sílvia Cordeiro. Rosângela de Lima, 20, uma das participantes da ação, o curso é uma oportunidade de sair das ruas e mudar de vida. “Estou nas ruas desde os sete anos, quero parar de catar e conseguir ajeitar a minha casa”,ressaltou. Rosângela e suas irmãs Helena e Simone que também participam do projeto são catadoras avulsas e têm uma renda mensal máxima de R$ 80.

Além da participação no projeto, as mulheres serão assistidas pela Gerência de Saúde da Mulher que irá prestar assistência com informações sobre câncer de colo uterino, mama e de pele. Além de orientação para vacinas. A Secretaria de Direitos Humanos e Assistência Social também participará com verificação e cadastro das catadoras em programas sociais e documentos. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) realizará uma roda de diálogo com as participantes junto aos filhos e filhas das catadoras.