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Saúde | 10.11.17 - 21h33

PCR faz mutirão para diagnóstico de Síndrome Congênita do Zika Vírus

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Secretaria de Saúde do Recife, em parceria com o Estado, atendeu 26 crianças nesta sexta-feira (10) (Foto: Miva Filho/Cortesia)

 

"Eu estou muito feliz, minha filha já fez vários exames e hoje pude ouvir que foi descartado microcefalia" comemorou Gizele Veríssimo, 32 anos, Moradora do bairro Beberibe e mãe de Maria Vitória, de um ano e dois meses. Um total de 26 crianças entre meninas e meninos, com diagnóstico aberto para Síndrome Congênita pelo Zika Vírus, foram atendidas no Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI), da Policlínica Lessa de Andrade, nesta sexta-feira (10), das 8h às 16h. A Prefeitura do Recife, em parceria com o Governo do Estado, reuniu pacientes da capital pernambucana e dos municípios de Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe para a realização de mutirão de atendimento, para fechar o diagnóstico de Síndrome Congênita pelo vírus Zika.

Na ocasião, uma criança foi confirmada com a Síndrome. Das 26 que compareceram ao mutirão - 05 de Jaboatão, 04 de Camaragibe e 17 do Recife, sendo que duas foram evasões. A neurologista Vanessa Van Der Linden, da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, explica como acontece a avaliação e comemorou os resultados. "O fechamento do diagnóstico é realizado a partir de vários critérios que envolvem informações desde a gestação. É importante o exame clínico e exames neurológicos para uma avaliação mais segura da situação da criança" explicou.

"Esperamos com essa ação integrada esclarecer o diagnóstico dessas crianças existentes no Banco de Dados do Centro de Informações Estratégicas e de Vigilância à Saúde (Cievs) como suspeitas ou inconclusivas de microcefalia, além de fornecer orientações a essas famílias", explicou a diretora de Assistência à Saúde do Recife, Eliane Germano. De agosto de 2015 a 4 de novembro deste ano, o Recife está com 413 notificações: 70 confirmadas (dois óbitos), 77 em investigação (16 inconclusivos, 17 óbitos e 44 recém-nascidos) e 266 descartados (com um óbito).

Além de três neurologistas, o mutirão contou com uma equipe multidisciplinar, formada por assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros. Após o atendimento multiprofissional, as crianças também podem passar por exames como tomografia computadorizada de crânio, sorologias e LCR (líquido cefalorraquidiano), solicitados pelos especialistas. Com a confirmação, a criança será encaminhada para as unidades de referência para reabilitação.

Busca - No Recife, foi realizado uma Busca Ativa das crianças notificadas como suspeitas de microcefalia. Também foram investidos esforços na busca/convencimento daquelas consideradas como Casos Inconclusivos. As equipes da Secretaria de Saúde do Recife, nos oito Distritos Sanitários da capital, realizaram visitas a essas famílias, com foco nas crianças cujo diagnóstico ainda estava indefinido. O agendamento foi feito por meio do Sistema de Regulação ambulatorial do município. Também foi articulado um sistema de transporte para essas famílias, utilizando veículos disponibilizados pelos DS e pela SES-PE.