Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas Sobre Drogas -SDSDHJPD

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Direitos Humanos | 10.12.18 - 20h25

PCR apoia abertura da Casa de Direitos para imigrantes

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A inauguração do espaço, que conta com apoio da Prefeitura do Recife, aconteceu no Dia internacional dos Direitos Humanos. Nesta data, há 70 anos, foi promulgada a Declaração Universal dos Direitos Humanos (Foto: Lu Streithorst/PCR)

 

No Dia internacional dos Direitos Humanos, comemorado nesta segunda-feira (10), a Prefeitura do Recife participou da inauguração da Casa de Direitos, que começou a funcionar na Universidade Católica de Pernambuco, na Boa Vista, e servirá para dar suporte aos imigrantes e refugiados que vão chegar à capital pernambucana ainda este mês. O espaço é da Cáritas Brasileira/CNBB (Regional Nordeste 2), em parceria com a Cáritas Suíça, Departamento de Estado dos Estados Unidos e o Instituto Humanitas Unicap (IHU), e conta com apoio da Prefeitura do Recife, entre outras instituições. A Casa de Direitos é voltada ao apoio e integração de migrantes e refugiados de todas as nacionalidades, propiciando acolhimento, atendimento jurídico, acompanhamento psicossocial e capacitações.

Cerca de cem venezuelanos vão chegar ao Recife nas próximas semanas. Para discutir e planejar a inserção desses e de outros imigrantes na capital pernambucana, foi criado um grupo de trabalho que envolve a Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos da Prefeitura do Recife (SDSJPDDH), Secretarias de Saúde, Educação e Desenvolvimento Sustentável do Recife; a Cáritas, a Católica, representantes do Governo do Estado, Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Defensoria Pública da União (DPU), entre outros 

A Cáritas ficará responsável pela estadia, alimentação, apoio jurídico, psicossocial e outras necessidades do grupo de venezuelanos que chega este mês, através do Projeto Pana, que obteve financiamento do Departamento de Estado dos Estados Unidos. O cônsul-geral dos Estados Unidos no Recife, John Barrett, explicou que o governo americano está financiando o projeto em outras seis capitais brasileiras, assim como em outros países da América do Sul, como Colômbia e Equador.

De acordo com a secretária de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife, Ana Rita Suassuna, a PCR contribuirá com encaminhamento para inclusão em programas sociais, garantia de acesso aos serviços de saúde, viabilização de matrícula escolar na rede de ensino municipal, inserção em cursos e no mercado de trabalho, entre outros. “Com essa parceria do poder público com a sociedade civil, vamos tentar garantir os direitos dos imigrantes que chegarem ao Recife em situação de vulnerabilidade social, através do acesso às políticas públicas. A Prefeitura do Recife participou do processo de discussão e planejamento, e está disponível para dar todo suporte que for possível aos refugiados”.

O secretário-regional da Cáritas Brasileira (Regional Nordeste 2), Ângelo Zanré, explicou que o objetivo é fazer com que a Casa de Direitos sirva como ponto de apoio para que os venezuelanos e outros migrantes que cheguem ao Recife tenham toda assistência e orientação para se instalarem na cidade. “Sabemos o quanto é grave e grande o problema migratório, mas temos que enfrentar isso sem medo. Os refugiados têm que ser recebidos com carinho e respeito. Precisamos construir uma cultura de solidariedade, criando uma cidade acolhedora. Queremos que a Casa de Direitos seja um espaço de integração. Precisamos dar a esses imigrantes a possibilidade de se tornarem sujeitos respeitados em sua dignidade, ajudando-os a construir sua autonomia”, disse Ângelo, que estava acompanhado de Hubert Eisele, representante da Cáritas Suíça.

O pró-reitor administrativo da Universidade Católica de Pernambuco, Márcio Waked, explicou que as portas da Casa de Direitos estão abertas não só para os refugiados venezuelanos, mas para todos os povos. “Estamos felizes em abrir a universidade para receber esse espaço que vai desempenhar um papel tão importante no acolhimento aos imigrantes. Teremos assistente social, psicólogo e outros profissionais, e ainda vamos contar com o suporte dos alunos que estudam aqui nessas áreas e em outras que possam auxiliar os estrangeiros”, disse o professor, que estava acompanhado do padre Marcos mendes, representante do Instituto Humanitas, que é o setor da Católica responsável pela Casa de Direitos.