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Cultura | 12.05.11 - 13h00

Prefeitura do Recife atende desabrigados na Escola Municipal Diná de Oliveira

Os usuários estão no bairro da Iputinga e foram retirados, das áreas próximas ao Rio Capibaribe

Por Kellen Lima

Enquanto a Escola Municipal Diná de Oliveira, na Iputinga, funciona como abrigo para a população que foi retirada das áreas próximas às margens do Rio Capibaribe, as equipes da Secretaria de Assistência Social, Iasc e Geraldão se esforçam para manter uma rotina dividida entre a manutenção das relações humanas, cuidados com a alimentação, higiene e lazer de 189 pessoas que aguardam o momento de retornarem para suas casas.

Até que a estadia naquele abrigo seja necessária, segundo Jaqueline Oliveira – Agente Operacional do Iasc, os usuários contam com uma equipe de 8 educadores sociais, que trabalham na logística do espaço, bem como com o apoio dos médicos do SAMU, que auxiliam nos casos de possíveis problemas médicos e no acompanhamento de 3 gestantes alojadas no local. Um grupo de nutricionistas também monitora a qualidade dos alimentos fornecidos pela Prefeitura, enquanto assistentes sociais fortalecem as relações de convívio das famílias. As crianças recebem atenção especial dos profissionais de educação física do Geraldão, que promovem atividades lúdicas e de lazer.

Enquanto coordena as ações desenvolvidas no local, como a triagem e distribuição de donativos, Jaqueline ressalta que há uma relação muito forte de respeito entre as equipes da PCR e os usuários. “É um dar e receber, de fato. Eles (os usuários) são muito sensíveis à situação e colaboram para o funcionamento adequado do alojamento, seja com a limpeza dos ambientes ou com a organização dos espaços, que foi estabelecida de acordo com os critérios deles, levando-se em conta os laços afetivos familiares ou de vizinhança”, disse.

Da espera ao retorno - “Não tenho nada para reclamar. Não estou na minha casa, mas estou sendo bem tratada. Aqui tem tudo o que eu preciso, a escola está sempre limpa, não tem briga e de noite, para dormir, não tem muito barulho”, afirmou Mirele Cavalcante dos Santos, 17 anos, grávida de 9 meses, que está acolhida no local, juntamente com o seu marido. No retorno às suas casas, segundo Jaqueline Oliveira, as famílias recebem cestas básicas, material de limpeza e higiene pessoal, além de lonas plásticas, quando solicitadas.