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Cultura | 12.12.12 - 12h38

Prefeitura firma parceria para melhorar destinação de Isopor

Através de um novo processamento, o volume do material passa a ser 5% do volume inicial. O projeto inovador é o primeiro deste tipo no Norte/Nordeste

A partir desta quinta-feira (13), Recife irá contar com mais um avanço na área de tratamento de resíduos sólidos. A Prefeitura do Recife, por meio da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), está firmando uma parceira inovadora com as empresas do setor de embalagens Meiwa e Macropac para a utilização de um equipamento que irá reduzir o volume do material conhecido como Isopor em até 5% de seu volume inicial. A apresentação do equipamento e sua operacionalização acontecem nesta quinta-feira (13), às 9h, no Sindicato da Construção Civil de Pernambuco (SINDUSCON-PE), situado na Rua Marques de Amorim, nº 136, Ilha do Leite.

A máquina, que será instalada na cooperativa de catadores COOPRECICLATORRE, mantida pela Prefeitura do Recife no bairro da Torre, realiza a redução do volume dos resíduos produzidos a partir de polímeros EPS e XPS (Isopor), extraindo o ar com alta temperatura. Por meio desse processo, os custos com o transporte serão reduzidos de maneira significativa, e se tornará mais uma fonte de renda para os catadores. Atualmente, o Isopor é descartado indevidamente em vias públicas, cursos de rios e canais, mar e aterros, causando danos irreparáveis ao meio ambiente.

O diretor de Limpeza Urbana da Emlurb, Rodrigo Brayner, ressalta a importância dessa ação para a cidade. “Nossa entrada nesse projeto vem reforçar o pioneirismo da atual gestão do município na melhoria da área de resíduos sólidos, tendo em vista que seremos a primeira capital do Norte/Nordeste a aderir ao projeto. Com isso, todos os elementos da cidade serão contemplados e beneficiados: o cidadão, a cidade, o poder público e a iniciativa privada”.

O gerente de Coleta Seletiva do órgão, André Penna, explica que a adoção desse processamento faz parte das diretrizes adotadas pela Emlurb no tratamento do lixo na cidade. “A recuperação desse material segue os preceitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que trata da responsabilidade compartilhada de cada ente da sociedade, os quais devem cuidar dos resíduos desde a sua fabricação, passando pela distribuição, comercialização, consumo, recuperação, tratamento, disposição e deposição finais”.

A expectativa da parceria é de que, inicialmente, sejam processadas cinco toneladas de Isopor por mês no Recife.

Isopor – Com o processamento do material, cada tonelada impedirá a derrubada de 13 árvores, pois o Isopor processado é utilizado na confecção de moldura de quadro e de porta, em substituição à madeira. Uma produção de quatro toneladas por mês, por exemplo, impede a derrubada de aproximadamente 50 árvores por mês ou 600 por ano. A degradação do Isopor no meio ambiente leva, em média, 150 anos.