NOTÍCIAS

| 15.04.11 - 15h42

Fiscalização de produtos típicos da Semana Santa é reforçada no Recife

Inspetores da Saúde focarão principalmente em empresas e ambulantes que vendam produtos como pescados e chocolates, entre outros

A Vigilância Sanitária do Recife está intensificando a fiscalização de estabelecimentos que vendem produtos típicos da Semana Santa, como peixarias, supermercados e bombonieres. A intenção é assegurar a qualidade de itens que costumam compor a ceia típica da população nesse período do ano, a exemplo de pescados, chocolates, crustáceos e azeites, entre outros. As atenções dos fiscais também estão voltadas para trabalhadores do comércio informal. O reforço teve início nesta segunda-feira (11) e segue até depois do domingo de Páscoa (24).
O acondicionamento das mercadorias e a falta de espaço para guardá-las estão entre os problemas mais recorrentes, conforme explica o gerente do órgão municipal, Luiz Paulo Brandão. Até mesmo por isso, ele ressalta, é fundamental que os consumidores tenham cuidado antes de adquirir esses tipos de alimentos.

Como o consumo aumenta nessa época, alguns vendedores compram mais do que a capacidade do próprio estabelecimento, desconsiderando medidas que evitam possíveis riscos à saúde. Uma delas diz respeito à refrigeração: uma vez descongelados, alimentos não poderão ser congelados novamente. Eles também deteriorarão mais rapidamente se sofrerem incidência de temperatura superior a 18ºC”, aponta Brandão.

De acordo com o gerente da Vigilância Sanitária do Recife, no ato da compra, o consumidor deve observar o acondicionamento e a fragrância do produto. “Geralmente, quando estragado, o alimento possui odor ruim. Na venda de mariscos, por exemplo, alguns vendedores utilizam cloro e água sanitária para mascarar o cheiro”, diz. Outros fatores que podem denunciar a má conservação do pescado são a quantidade de gelo no qual ele está mergulhado, a ausência de etiqueta com a data de validade e a coloração do animal. “Quando ela não é característica do peixe, deve haver algo errado”, detalha.

Em relação aos ovos de Páscoa e similares, os compradores precisam observar o prazo limite para consumo, a integridade da embalagem do doce e o seu acondicionamento. A atenção deve ser grande principalmente se o item for de fabricação caseira, já que muitos não possuem o endereço do fabricante na embalagem. Pescados, crustáceos e chocolates contaminados, quando ingeridos, podem causar problemas gástricos e intestinais. Entre os principais sintomas estão náuseas, vômito, diarréia, febre, dores abdominais e de cabeça.

Orientações - Para facilitar o consumo saudável dos alimentos típicos do período de Semana Santa, a Prefeitura do Recife produziu um material exclusivo com as principais orientações ao público. A cartilha contém dicas de como identificar problemas em mercadorias como peixes, mariscos, crustáceos, polvo e bacalhau. O material está sendo distribuído em pontos como mercados públicos, frigoríficos, e supermercados.

Quem quiser tirar dúvidas sobre o assunto ou fazer denúncias de irregularidades no comércio de mercadorias como pescados, azeites, crustáceos e chocolates pode telefonar para a Ouvidoria Municipal de Saúde, no número 0800.281.1520. O serviço funciona de segunda a sexta, das 7h às 19h. A ligação é gratuita.

Confira aqui dicas para não errar na hora da compra.