NOTÍCIAS

| 16.06.13 - 09h59

Anastácia mostrou porque é a Rainha do Forró ao público do Sítio Trindade

Anastácia foi a dona da noite do sábado (15) no Sítio Trindade. A cantora iniciou sua apresentação pouco antes da meia-noite e justificou o título de Rainha do Forró. Acompanhada por uma banda afiada, interpretou clássicos da música nordestina e composições próprias. "Adoro cantar no Recife. É a minha cidade, por isso é sempre especial", disse, pouco antes de subir ao palco. Em 2010, Anastácia foi uma das homenageadas do São João do Recife.

Há 52 anos morando em São Paulo, Anastácia diz que, apesar da distância, nunca deixou de ser nordestina. "Quando venho, bebo conhecimento. Aproveito para reaver meus costumes." Ela começou o show com Forró dos Coroas, de sua autoria, para depois emendar com O Canto da Ema, consagrada na voz de Jackson do Pandeiro, e Doidinho, Doidinho, uma de suas 203 parcerias com Dominguinhos, com quem foi casada por 12 anos. Ela fez questão de lembrar do antigo companheiro, que vive um momento delicado de saúde, e com quem compôs sucessos nacionais como Tenho Sede e Só Quero Um Xodó.

Antes de Anastácia, o palco principal do Sítio Trindade recebeu o Trio Danados do Forró, Toinho do Baião, Rogério Rangel e a Banda Fogo e Brasa. Toinho do Baião chamou a atenção do público pela semelhança física com Luiz Gonzaga. Apresentou um repertório só de canções imortalizadas pelo Rei do Baião, incluindo Vozes da Seca, Hora do Adeus, Boiadeiro, entre outras.

No Palhoção do Sítio, reduto das quadrilhas juninas, o público vibrou com a Arraialzinho do Cordeiro, fundada há 34 anos e considerada a mais antiga quadrilha junina do Recife. Sob o tema Milharal Encantado, o grupo se apresenta com 24 integrantes, a maioria jovens do bairro do Cordeiro, na zona oeste da cidade. "Nós começamos a nos mobilizar já no mês de janeiro para levantar recursos, fazendo bingos com os amigos", conta Rita Pereira, uma das coordenadoras da Arraialzinho do Cordeiro. "Quando a conta não fecha, colocamos no cartão de crédito e depois pagamos do nosso bolso mesmo. O importante é colocar o espetáculo na rua", disse.