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| 16.06.13 - 23h32

Procissão dos Santos Juninos marcou a religiosidade da festa no domingo (16)

[caption id="attachment_35437" align="alignnone" width="680"] Este ano a Procissão dos Santos Juninos saiu com 10 bandeiras e duas quadrilhas juninas. (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)[/caption]

A religiosidade do ciclo junino teve um de seus pontos altos no início da noite de domingo (16) com a Procissão dos Santos Juninos, organizada pela Prefeitura do Recife. O cortejo saiu da Igreja Nossa Senhora da Conceição, no Morro da Conceição, às 18h30, com chegada no Sítio Trindade, na zona norte da cidade. São José, Santo Antônio, São João e São Pedro foram celebrados por cerca de 600 participantes, entre bandeiras, quadrilheiros, músicos e bacamarteiros. Este foi o oitavo ano da procissão, que representa um agradecimento das pessoas envolvidas na cadeia produtiva do São João.

“Esta é uma tradição de caráter familiar, comunitário. Vem do Acorda Povo, que saía à meia-noite do dia 23 de junho”, explica o pesquisador Marcelo Varella, um dos idealizadores do evento. Ele conta que a manifestação estava em vias de desaparecer, quando a Prefeitura do Recife organizou a Procissão dos Santos Juninos e passou a incentivar os grupos ainda existentes a participarem. “O interessante é que grupos e comunidades que se mobilizam para o Carnaval ou o Natal agora passaram a se organizar também para o São João, fechando os três ciclos que são a base das festas populares nordestinas”, conta.

Este é o caso da Bandeira São João Menino, do bairro do Pina, na zona sul do Recife, cujos integrantes, quase todos crianças de 9 a 12 anos, fazem parte de um pastoril. A organizadora é a professora aposentada Ivone Santos, que quando jovem participava do Acorda Povo do Ibura. “A Bandeira é uma forma de valorizar o ciclo junino, convocar as crianças e levar uma mensagem de paz”, avalia. Já a Bandeira Eu Quero Mais, que já tem 19 anos de existência, tem origem no bloco lírico homônimo, que sai em Olinda durante o carnaval. A presidente, Leoni Correa, organiza o grupo de 30 integrantes, e além das bandeiras dos quatro santos juninos, faz questão de incluir Sant’Ana, cuja data é celebrada em 26 de julho.

Este ano a Procissão dos Santos Juninos saiu com 10 bandeiras e duas quadrilhas juninas – a infantil Coração Mirim e a Origem Nordestina, ambas do bairro de Casa Amarela. Um grupo de 40 bacamarteiros da Associação de Bacamarteiros do Cabo de Santo Agostinho desfilou à frente do andor, fazendo a escolta durante todo o trajeto. A banda Vereda Tropical, do maestro Lessa, tocou hinos sacros e dobrados até a descida do Morro da Conceição, quando o trio pé de serra veneno, a bordo da Forrovioca, imprime ares profanos ao cortejo. Na chegada ao Sítio Trindade, todos os grupos e participantes se apresentaram à frente do palco principal.