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Cultura | 17.03.15 - 09h50

Alunos da Escola Pedro Augusto debatem diversidade religiosa após sessão de cinema na escola

Durante todo o ano, várias unidades de ensino do Recife receberão palestras ligadas às questões raciais e aos direitos humanos. (Foto: Daniel Tavares/ PCR)


Respeito, amor e tolerância foram as palavras que conduziram as discussões desta segunda-feira (16), na Escola Municipal em Tempo Integral (EMTI) Pedro Augusto, localizada na Boa Vista. Após sessão de cinema na escola promovida pela Secretaria de Educação do Recife, cerca de 20 alunos do 9º ano puderam debater em sala de aula a temática da diversidade religiosa e da tolerância racial.

Ao longo de todo o ano, outras unidades de ensino da Rede Municipal também vão receber o projeto da Unidade de Apoio Social (UAS) da Secretaria de Educação do Recife, como parte do programa Bolsa Escola. Realizada em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, a iniciativa se propõe a levar para a realidade dos estudantes uma série de debates relevantes para a sociedade. Em 2015, o projeto contempla os alunos de 6º a 9º ano, trazendo discussões acerca da tolerância racial, da diversidade religiosa e dos direitos humanos.

Para Samuel Luiz Barros, que é gerente de Igualdade Racial da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e foi um dos palestrantes que conversou com os alunos nesta segunda, a relevância da temática contribui para a vivência dos alunos dentro e fora de sala. "Com essas atividades, pretendemos expor aos estudantes os princípios dos Direitos Humanos, dentre eles a política racial e a pluralidade de crenças que encontramos no nosso País. Isso cria, desde cedo, o sentimento de cultura de paz e faz os alunos começarem a refletir sobre esses assuntos e suas atitudes em relação a isso, na escola ou fora dela", avalia Samuel.

Antes das discussões, os alunos assistiram a um curta sobre diversidade religiosa, do Programa Nacional de Direitos Humanos, que pontuou os aspectos legais da questão e a necessidade da prevenção e do combate à intolerância. De olhos atentos, Jennyfer Fábian Silva Monteiro, 12, uma das únicas alunas mórmons da sala, assistia a tudo com muita curiosidade. "É interessante saber mais sobre outras crenças. Às vezes me sinto um pouco perdida porque muitos não conhecem a minha religião. Acho que o respeito é o primeiro passo para que isso mude. E falar sobre essa diversidade também é essencial. Seria muito legal que esse tipo de debate fosse ampliado e que mais pessoas pudessem entender e aceitar as diferenças", disse a estudante.