NOTÍCIAS

Cultura | 18.07.14 - 08h19

PCR realiza audiência pública sobre as diretrizes urbanísticas do projeto Novo Recife

A escuta pública contou com a participação de aproximadamente 700 pessoas e as contribuições ainda poderão ser feitas até o dia 31 de julho.

Nesta quinta-feira (17), a Prefeitura do Recife realizou audiência pública sobre as diretrizes urbanísticas do projeto Novo Recife. Cerca de 700 pessoas participaram das discussões que foram realizadas na Faculdade Fracinette do Recife (Fafire). Os trabalhos foram iniciados às 14h30 e se estendeu até as 20h. A escuta pública foi convocada pelo executivo municipal após uma série de reuniões técnicas que fazem parte do processo de negociação de redesenho do empreendimento. O próximo passo, depois desta quinta, será a consolidação de todo o material para a formulação final das diretrizes a serem encaminhadas aos empreendedores do projeto. “Esse foi um momento de escuta dos vários setores da sociedade interessados em discutir o tema”, disse o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano, Antônio Alexandre, que coordenou a audiência.

Após a audiência, a população ainda terá até o dia 31 de julho para fazer suas contribuições através do email diretrizesantoniovaz@recife.pe.gov.br. Todo o material será sistematizado pela equipe técnica do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira/PCR. Dentro de 30 dias, a contar de hoje, a Prefeitura do Recife apresentará o documento final contendo as diretrizes urbanísticas para o redesenho do projeto Novo Recife. Os ajustes do projeto serão realizados pelos empreendedores do Consórcio Novo Recife, devendo suas alterações serem submetidas a uma nova audiência pública. “O que fizemos na audiência foi oferecer as condições para que o projeto possa ser redesenhado à luz de importantes questões e que levem em consideração todo o território da Ilha de Antônio Vaz”, explicou o secretário.

Para balizar as discussões da audiência pública, a presidente do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira/PCR, Eveliny Labanca, apresentou um levantamento de indicações de diretrizes urbanísticas. O documento tomou por base as diversidades da Ilha de Antônio Vaz, que compreende os bairros de Santo Antônio, São José, Cabanga e Ilha de Joana Bezerra, não se restringindo ao território do empreendimento. O diagnóstico apresentado contou com a participação ativa das entidades parceiras do processo de mediação (Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Universidade Católica de Pernambuco – Unicap, Instituto de Arquitetura do Brasil – IAB, Conselho de Arquitetura e Urbanismo –CAU, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco – CREA).

Pontos como a altura dos prédios, malha viária de todo o espaço, preservação de equipamentos históricos, uso ativo no térreo dos empreendimentos e o uso sustentável dos espaços construídos foram alguns dos aspectos analisados e colocados em debate. “Quando falamos da cidade estamos falando das pessoas. As oito premissas de diretrizes que trouxemos para fomentar o debate buscam integrar o projeto Novo Recife à cidade e à população”, pontuou Antônio Alexandre. A apresentação feita nesta quinta-feira na audiência pode ser conferida no site da PCR (www.recife.pe.gov.br) ou no Facebook (Prefeitura do Recife). Participaram ainda da audiência os secretários de Assuntos Jurídicos, Ricardo Correia, e de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Cida Pedrosa. Representantes do Ministério Público Federal e Estadual também acompanharam a reunião.

ASSUNTOS: