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| 18.10.11 - 15h49

Armadilhas contra a dengue são instaladas pela Prefeitura do Recife no campus da UFPE

Novecentas ovitrampas irão contribuir para diminuição dos focos do mosquito transmissor

Por Tádzio Estevam

A manhã desta terça-feira (18) foi marcada pelo combate a dengue no campus da UFPE. Agentes do Programa de Saúde Ambiental da Secretaria de Saúde do Recife, professores e estudantes voluntários da universidade, além de profissionais do centro de pesquisas Aggeu Magalhães, instalaram 900 armadilhas (ovitrampas) em todo o campus com o objetivo de reduzir os números de focos e prováveis casos de dengue no local. As ações fazem parte do programa criado pela instituição acadêmica chamado “Zerando a Dengue a partir da UFPE”.

As armadilhas, também chamadas tecnicamente por ovitrampas, foram confeccionadas pelos Agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) nas instalações do Centro de Vigilância Ambiental (CVA) da secretaria que funciona no bairro de Peixinhos. Ao todo, 32 agentes orientaram o corpo acadêmico sobre a instalação e manutenção das ovitrampas, assim como o período para o recolhimento dos ovos do mosquito.

De acordo com a diretora de Vigilância à Saúde, Adeílza Ferraz, a iniciativa da universidade contribui bastante para o trabalho de combate ao mosquito. “Assim que recebemos o convite tratamos de estruturar a estratégia a ser adotada. Esta é uma área muito extensa, por onde circulam muitas pessoas a toda hora, com potenciais focos para a proliferação do mosquito, e isso é muito preocupante. E cada parceiro nosso nessa luta é fundamental”, comentou.

O professor e coordenador do projeto, Ivan Melo, ressaltou a importância da parceria com a PCR. “Após o diagnóstico que fizemos aqui no campus, no qual identificamos quase 90% da área com uma grande infestação de dengue, resolvemos dar vida a esse projeto e convidar os atores mais importantes nessa batalha a exemplo da secretaria de Saúde do Recife. Hoje estamos instalando 900 armadilhas para tentar diminuir o número de focos que podem trazer vários danos à nossa população e também ao público externo”, disse.

A estimativa é que as armadilhas sejam utilizadas por um período de dois anos. Durante este período, a cada dois meses serão feitas as manutenções, nas quais os agentes visitarão a instituição para trocar os tecidos que armazenarão os ovos - ovitrampas de controle. Esse material será incinerado para que não haja o risco de serem descartados no meio ambiente e os ovos eclodam e passem a se desenvolverem e evoluírem para o estágio do mosquito.

A primeira etapa do projeto foi realizada no último dia 30 de setembro quando foram instaladas pelo Aggeu Magalhães 90 ovitrampas de monitoramento. Esta armadilha conta com palhetas semi-submersas em seu interior cujo objetivo é recolher ovos de Aedes, o qual acontecerá mensalmente, para realização da contagem dos ovos pelo Sistema de Digitalização de Palhetas (SDP), desenvolvido pela UFPE.

De acordo com os organizadores do programa “Zerando a Dengue a partir da UFPE”, a ideia é mobilizar a comunidade universitária para participar das atividades de vigilância contra a propagação da dengue, integrando-se à Rede Sentinela. Estudantes, docentes e servidores técnico-administrativos podem se envolver nas ações de educação ambiental, de fiscalização das armadilhas sentinelas e na atuação como voluntário para apoio à rede.