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Cultura | 19.05.13 - 14h26

Bastidores em cena: funcionários declaram amor ao Teatro de Santa Isabel

[caption id="attachment_34308" align="alignnone" width="680"] Secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, gerente de Infraestrutura do TSI, João do Carmo Cavalcante, e diretora do TSI, Rita Marize. (Foto:Inaldo Menezes/PCR)[/caption]

 

Aniversário de 163 anos do Teatro foi comemorado neste sábado (18)

A comemoração dos 163 anos do Teatro de Santa Isabel, neste sábado (18), possibilitou ao público rir e se emocionar com os relatos dos funcionários do Teatro, que declararam seus aprendizados, deslumbramentos e realizações, em um vídeo produzido para a ocasião. Foram palavras sinceras daqueles que atuam nos bastidores – técnicos de som, de luz, de maquinaria, porteiros, bilheteiros, indicadores de lugar – e que têm a importante missão de possibilitar o pleno funcionamento do teatro para receber os espetáculos. A secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, prestigiou a festa.

Após a exibição do vídeo, a gestora da pasta da Cultura no município, que dirigiu o Teatro de Santa Isabel no início dos anos 2000, falou sobre o período de restauração pelo qual passou o equipamento cultural e o reconhecimento à dedicação dos funcionários do Teatro. “Eu acho formidável a paixão com que eles fazem o trabalho e o afeto que se forma entre eles. Quando fizemos um recrutamento entre os servidores da Prefeitura para compor a equipe do Santa Isabel, 90% das pessoas que vieram trabalhar aqui não eram da área do teatro. Mas eu não tinha dúvida de que aqui dentro a paixão ia estourar, porque é isso que o teatro faz, essa coisa bonita de criar, transformar e ser”, disse Leda Alves.

Na sequência houve a apresentação da Banda Sinfônica do Recife, que preparou um programa eclético para a noite. Sob a regência do Maestro Nenéu Liberalquino, o grupo começou passeando pelos ritmos pernambucanos. O caboclinho ganhou nova roupagem na versão de Leão do Norte, de Lenine, assim como os arranjos encorpados pela formação de metais, no maracatu da Praieira, de Chico Science, e no baião revisitado de Luiz Gonzaga. O ritmo que é Patrimônio da Humanidade também não poderia faltar e foi representado na execução da tradicional Duda no Frevo, de Senô.

O segundo momento do show deu lugar a um pout-pourri de canções dos Beatles, que teve até direito a coro do público, em Hey Jude. Depois de tocarem clássicos de jazz que ficaram conhecidos pelas apresentações das big bands americanas, foi a vez das trilhas sonoras de alguns dos sucessos da Disney. O encerramento ficou com as brasileiras O Guarani, ópera de Antônio Carlos Gomes, e Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.

Referência para as artes no país e símbolo de beleza arquitetônica, o Teatro de Santa Isabel foi inaugurado em 18 de maio de 1850 e tombado como monumento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 31 de outubro de 1949. O espaço, que já foi cenário para grandiosas peças e lutas políticas, representa o primeiro e mais expressivo exemplar de Arquitetura Neoclássica em Pernambuco e um dos mais notáveis do país. Por ele já passaram notáveis figuras da política e das artes, como o imperador Dom Pedro II, o poeta Castro Alves, o crítico e jurista Tobias Barreto, a bailarina russa Anna Pavlowa, e um dos grandes nomes do teatro brasileiro, Procópio Ferreira.