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Jogral e apresentações culturais estavam entre as estratégias para envolver estudantes da Escola Municipal Diná de Oliveira, localizada na Iputinga, para a abertura da Campanha Nacional de Hanseníase e Geo-Helmintíase, realizada na manhã desta quarta-feira (19). Na capital, a mobilização deve atingir 40 mil estudantes em 131 escolas públicas do Recife , até 31 de novembro, com diversas atividades educativas.

Os professores da rede municipal receberam capacitação durante cinco meses, para orientar os jovens entre 5 a 14 anos a identificar a doença em casa, entre os familiares e pessoas da comunidade onde vivem. A proposta é chamar a atenção de estudantes e dos pais sobre a hanseníase, doença que apesar de ser curável e não matar, pode gerar consequências graves se não for diagnosticada e tratada de maneira adequada.

"O trabalho de conscientização realizado nas escolas é fundamental, porque as crianças, com a disseminação das informações, ajudam a identificar manchas características da hanseníase dentro do núcleo familiar e avisam que o diagnóstico pode ser feito na Unidade de Saúde da Família", avaliou Valeska Berardo, médica de saúde da família da rede municipal.

A doença pode se manifestar em adultos e crianças e é transmitida pelas vias respiratórias, por meio de contato prolongado. O tempo de incubação chega a ser de dois a sete anos e o tratamento é realizado com antibióticos nos postos de saúde. O período de uso da medicação varia de acordo com a quantidade de bactérias e pode ser longo, porém, é necessário completar para conseguir a cura. “Essa enfermidade tem evolução lenta e silenciosa, por isso se torna perigosa e a Campanha tem o objetivo de aumentar o nível de conhecimento, contribuindo para diminuir a incidência da doença”, reforçou a coordenadora da Campanha de Hanseníase no Recife, Marilurdes Lobo.

Para combater as verminoses, o recomendado é fazer a administração da medicação albendazol 400mg. Dona Adriana Maria, mãe de dois alunos que estudam na escola Diná de Oliveira, disse que todo ano autoriza os filhos de 10 e 13 anos a tomarem o comprimido. “Acho ótimo, pois é importante cuidar da saúde e eles aceitam bem o remédio”, falou a dona de casa. Os alunos sabem exatamente o que devem fazer para evitar a contaminação. “Não andar descalço e lavar bem as mãos", disse Mariano da Silva, 12 anos.

Sanar – Para atender as doenças negligenciadas transmissíveis (hanseníase, filariose, tuberculose e geo-helmitíase), a Prefeitura da Cidade do Recife criou em 2013 o programa SANAR-Recife, que promove o enfrentamento das doenças por meio de estratégias de prevenção e tratamento. O programa conta com ações como: assessoramento de Unidades de Saúde, acompanhamento e tratamento de casos, investigação dos casos, fortalecimento da assistência laboratorial, fortalecimento da rede de atenção básica e promoção de ações de educação em saúde.