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Carnaval | 20.02.23 - 04h04

Do coco ao tecnobrega: domingo de Carnaval no Recife mescla artistas e ritmos em diferentes polos

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Fazendo jus à fama de democrática, folia na capital pernambucana reuniu atrações para agradar diferentes públicos, seja no polo Novo Cais ou no Ibura. (Foto: Gabriel Melo/PCR)

 

Em um Carnaval eclético e democrático como o do Recife, a programação é pensada para todos. Seja no centro da cidade ou nas demais áreas da capital, os polos descentralizados montados pela Prefeitura do Recife mesclam artistas, misturam ritmos e levam alegria para a população. Neste domingo (19) não foi diferente. Do Polo Novo Cais, em Santo Antônio, ao Palco Ibura, na Zona Sul da cidade, os foliões puderam tomar as ruas e aproveitar mais um dia de festa com atrações que foram desde grupos de coco ao tecnobrega de Gaby Amarantos.

Honrando a cultura popular pernambucana, o inédito Palco Novo Cais abriu espaço para diferentes grupos da região. Com o Som na Rural como mestre de cerimônias da folia, a programação foi aberta pelo grupo de coco “A Cocada”, seguido por Lucinha Guerra, que estreou seu novo projeto, intitulado de “Frevo de Vera”, uma homenagem baseada no disco “Asas de América”, de 1980, idealizado por Carlos Fernando e inteiramente dedicado ao frevo. Pouco a pouco o público foi preenchendo cada canto da rua.

“Estive em São Paulo recentemente e todo mundo brincava que estava com inveja porque eu estava vindo para Recife. A nossa cidade tem a tradição de acolher novos ritmos, mas sem esquecer das nossas raízes e da força da nossa cultura. Frevo, samba, coco, maracatu: todos fazem parte de quem somos. Tenho o maior orgulho da festa que fazemos aqui”, festejou o folião Diogo Santiago.

Com a Avenida Martins de Barros enfeitada de gente, a festa seguiu com as apresentações do cantor e compositor pernambucano Mazuli, Cila do Coco, Victor Camarote e a banda recifense Dunas do Barato, que celebrou o retorno da festa de Momo com o novo single “Carnaval do Futuro”. A programação no Polo Novo Cais segue nesta segunda (20) e terça-feira (21).  Encantado com a pluralidade do local, Ítalo Silva também opinou. “O diferencial do Carnaval do Recife está nessa diversidade tão bonita. É isso que nos torna diferentes do restante do Brasil e do mundo.”

IBURA - Na Zona Sul da cidade, o público lotou o Polo Ibura para uma noite que mesclou frevo, samba e tecnobrega. A programação reuniu diferentes nomes, como a Orquestra Arrecifes de Frevo, Rayssa Bacelar, Almir Rouche, Ed Carlos e Gaby Amarantos. Na sequência, o “treme treme” de Gaby Amarantos complementou a festa. Figura já carimbada do Carnaval do Recife, a paraense cantou seus principais sucessos, mas não esqueceu de enaltecer a cultura pernambucana com os clássicos da festa.

“Eu sou fã do Carnaval do Recife por ser tão variado. Tem artistas de todo lugar, mas sempre mantendo sua essência, com todos os palcos contendo frevo e maracatu. Ainda assim, sempre existe espaço para todo mundo. É o melhor Carnaval do planeta”, garantiu a cantora.

O show fez a alegria de dona Vera Lúcia, de 55 anos. Moradora do Ibura, ela celebrou o fato de poder se divertir na porta de casa. “Não é só Olinda e no Centro do Recife que temos carnaval. Aqui pertinho de casa, também podemos brincar. É uma festa que chega em todas as regiões, sem ficar concentrada em um só lugar”, arrematou.

CARNAVAL DO RECIFE - O Carnaval do Recife é um grande evento multicultural e com presença marcante de manifestações populares. São 44 polos, entre centralizados, descentralizados e comunitários, em uma uma programação que se estende por toda a cidade, reunindo atrações locais e nacionais, que celebram a volta do ciclo carnavalesco. Para a sua realização, a Prefeitura do Recife conta com parcerias importantes com o setor privado. Os parceiros são AMBEV, Sports Entretenimento e Produção de Eventos, TIM e CVC. Todo o cronograma do Carnaval do Recife 2023 pode ser conferido em carnavaldorecife.com.