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Cultura | 20.10.12 - 15h38

Maria Paula Costa Rego é homenageada na abertura do Festival Internacional de Dança

Público se encantou com o espetáculo da Cia Focus com músicas de Roberto Carlos.

[caption id="attachment_27424" align="alignleft" width="334"] Espetáculo “As Canções que Você Dançou pra Mim”. Foto: Daniela Nader[/caption]

A abertura oficial do 17º Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR) foi realizada nesta sexta-feira (19) no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. A noite contou com a performance “Árvores” ao ar livre da paulista Clarice Lima; ação de sensibilização da Secretaria de Meio Ambiente com entrega de mudas ao público; apresentação do espetáculo “As Canções que Você Dançou pra Mim”, da Cia Focus (RJ); e homenagem à bailarina e coreógrafa pernambucana Maria Paula Costa Rêgo, do Grupo Grial.  

Em nove dias de programação, o Festival congregará mais de quatrocentos artistas brasileiros e de outras nacionalidades como Espanha, França, Holanda, Portugal, Moçambique e Tailândia. O FIDR é realizado pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura da Cidade do Recife, e conta com o patrocínio da Petrobrás, Ministério da Cultura e Caixa Econômica Federal. Este ano, o evento tem o apoio cultural da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Instituto Cervantes, Governo da Espanha, Aliança Francesa, Instituto Francês e Consulado Geral da França para o Nordeste.

A noite de abertura do FIDR começou com a ‘plantação’ de pessoas na rampa de entrada do Teatro Luiz Mendonça. A intervenção artística comandada por Clarice Lima contou com participantes da oficina realizada no dia anterior. De cabeça para baixo com saias longas estampadas ou com paetês, os artistas se transformaram em “Árvores”, título da intervenção. A ideia de Clarice é transmitir o desejo de permanecer numa mesma posição, por tempo prolongado – assim, inverte-se o espaço e questiona-se o tempo.

Em seguida, o público entrou no Teatro Luiz Mendonça para a solenidade de abertura oficial do Festival, que contou com a presença da secretária de Cultura do Recife, Simone Figueiredo; do Diretor dde Desenvolvimento e Descentralização Cultural da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Thiago Megale; e de representantes dos patrocinadores e apoiadores do festival – Ricardo Mota, da Petrobras; Tereza Miranda, da Caixa Econômica Federal; e Reinaldo Freire, da Funarte.

A artista Maria Paula Costa Rêgo foi homenageada, recebendo uma placa e flores das mãos de Simone Figueiredo e Thiago Megale. “É um prazer homenagear Maria Paula Costa Rêgo, nos 15 anos do Grupo Grial, pelo seu trabalho de pesquisa em busca de uma dança brasileira”, destacou Simone Figueiredo. “São 41 anos e muitas pessoas que foram parcerias, não poderei citar todas. A gente não sonha só, então essas pessoas são esteio dos sonhos”, afirmou Maria Paula nos agradecimentos a homenagem da Prefeitura do Recife, citando os principais nomes da sua história dedicada a dança: sua mãe Olga Lustosa, sua professora da escola Mater Christi, Enila de Rezende; o escritor Ariano Suassuna, com quem criou o Grupo Grial há 15 anos; a produtora Carla Carvalho; e o seu filho, Heitor.

DANÇA E AFETO - Em seguida, o público pode conferir “As Canções que Você Dançou pra Mim”. Com um enorme pout-pourri de 72 músicas de Roberto Carlos como trilha sonora e figurino em tons de azul (a cor preferida do cantor), a Cia Focus encantou a plateia com movimentos da dança contemporânea. Ao explorar sucessos do “Rei”, quatro casais de bailarinos expressaram encontros e desencontros amorosos, paixões avassaladoras e tristes desilusões, imortalizados em famosos versos de “Fera Ferida”, “Desabafo”, “Detalhes” e “Cama e Mesa”.

Diante da força do repertório de Roberto Carlos, um dos mais cultuados cantores e compositores da música brasileira, em determinado momento os bailarinos cantaram encarando o público. Além da interação com o olhar, o elenco ‘rompeu’ a caixa cênica se dirigindo a plateia para pegar na mão ou beijar a testa, surpreendendo e causando sorrisos de encantamento nas pessoas.

Apesar das músicas românticas predominarem no espetáculo, a Cia Focus também dançou com desenvoltura os embalos do iêiêiê de músicas como “Splish Splash” e “Calhambeque”. Mas ao final, o romantismo do rei Roberto Carlos voltou à cena e rosas foram jogadas ao público, que retribui o afeto e a dança com muitos aplausos.

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