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Defesa Civil | 23.11.17 - 15h45

19º Festival Nacional de Teatro do Recife chega hoje (23), ao quarto dia de atividades

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Os espetáculos Os Fuzis da Senhora Carrar e Um Minuto Pra Dizer Que Te Amo serão apresentados nos teatros Hermilo Borba Filho e Barreto Júnior, às 19h e 20h, respectivamente. Ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (Foto: Wesley D´Almeida/ PCR)

 

Programação oferecida pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, o 19º Festival Recife do Teatro Nacional chega hoje a seu quarto dia de atividades. Trazendo para os palcos da cidade montagens e grupos locais e nacionais, o festival segue até o próximo dia 26 de novembro, com atrações para todos os gostos a preços populares.

A partir das 19h de hoje, o Teatro Hermilo Borba Filho irá receber o grupo baiano do Teatro Popular de Ilhéus (BA), com a estreia do espetáculo Os Fuzis da Senhora Carrar no Recife. A obra do escritor Bertolt Brecht conta a história de uma mãe viúva, que luta pela integridade dos seus filhos durante a guerra civil espanhola. Mais tarde, às 20h, será apresentado no Teatro Barreto Júnior o espetáculo Um Minuto Pra Dizer que Te Amo, do Grupo Matraca de Teatro (PE), que expõe o drama de famílias vitimadas pelo Mal de Alzheimer.


TERCEIRO DIA – Na noite de ontem, o grupo pernambucano Teatro de Fronteira apresentou, no Teatro Luiz Mendonça, o monólogo Luzir é Negro, um biodrama documental do ator Marconi Bispo. Encenando sua própria história, com o público acomodado bem perto, ao redor da cena, Marconi tratou de construção de identidades e protagonismos negros. “O negro também precisa ser visto como herói, como protagonista. Precisamos de referências negras”, pontuou. 

A dançarina Jamila Marques, que já tinha visto o espetáculo numa outra ocasião, entusiasmou-se de novo com a força do ator. “A parte boa de ver o espetáculo duas vezes é poder avaliar como ele evoluiu. Dessa vez, foi mais divertido. Ele estava mais à vontade, brincou mais.” 

Wellington Júnior pensou mais que riu durante o espetáculo. E fez questão de ressaltar a importância do teatro e do texto em si como ato político. “O teatro precisa abordar a diversidade, precisa tratar dessa musicalidade negra que a peça trouxe e também de gênero, de classe, de sexualidade e de racismo, temas que Marconi trouxe com muita propriedade. O mais impressionante é que ele fez tudo isso de forma leve e cômica na peça.”

 

Confira a programação completa do festival:

PROGRAMAÇÃO 19º FESTIVAL RECIFE DO TEATRO NACIONAL

 

- Dia 23

Os Fuzis da Senhora Carrar – Do Teatro Popular de Ilhéus (BA), às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho

Da obra de Bertolt Brecht, Os Fuzis da senhora Carrar, espetáculo do grupo Teatro Popular de Ilhéus (TPI), é uma crônica da Guerra Civil Espanhola, conflito ocorrido entre 1936 e 1939. Indicado para maiores de 14 anos

 

Um Minuto Pra Dizer que Te Amo - Do Grupo Matraca de Teatro (PE), às 20h, no Teatro Barreto Júnior

O espetáculo leva à cena a narrativa de um homem velho, seu filho, uma mulher velha e sua cuidadora, casados, mas separados pela doença de Alzheimer. Amor, amizade, dedicação e companheirismo são alguns dos sentimentos que permeiam a peça. Indicado para maiores de 16 anos

 

- Dia 24

O Peru do Cão Coxo – Do Galpão das Artes de Limoeiro (PE), às 10h, no Compaz Ariano Suassuna

Na trama, a preguiça é descortinada em um picadeiro de intrigas no Sertão de Taperoá, quando um poeta e sua esposa são alvo de uma dupla de trapaceiros, Aderaldo Catacão e Clarabela. Indicado para maiores de 13 anos

 

Histórias Bordadas em Mim - De Agrinez Melo (PE), às 19h, no Teatro Apolo

Uma atriz, um baú, uma borboleta e uma conversa protagonizam o espetáculo, que costura acontecimentos da vida real e cotidiana com a linha forte da alegria, do amor, da dor, morte, vida e saudade. Classificação Livre

 

Suplício de Frei Caneca – De José Francisco Filho (PE), às 20h, na Igreja de Santa Teresa D´Ávila ao lado da Basílica do Carmo

Oratório dramático de Cláudio Aguiar, com encenação de José Francisco Filho, o espetáculo comemora os 200 anos da Revolução de 1817 e a Confederação do Equador, abordando desde o período de ordenação até a execução de Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo Caneca. Indicado para maiores de 14 anos

 

- Dia 25

Ogroleto – Do Grupo Pavilhão Magnólia (CE), às 16h30, no Teatro Barreto Júnior

A peça da autora canadense Suzane Lebeau, até então inédita no Nordeste brasileiro, trata de temas muito presentes na infância contemporânea, como: medos, dúvidas e diferenças. Indicado para crianças a partir de 7anos

 

Mucurana, o Peixe – Do Coletivo Construtores de Histórias (PE), às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho

Para além da vida do protagonista Mucurana, o espetáculo revela a existência de um sistema político e suas consequências boas e más, que interferem na vida de cada um de nós. Apresenta um retrato da ainda hoje atuante da família oligárquica, cheia de privilégios e soberba, que explora a terra e a força de trabalho e ainda se locupleta das oportunidades do estado. Indicado para maiores de 14 anos

 

Dinamarca – Do Grupo Magiluth (PE), às 20h, no Teatro Luiz Mendonça

O espetáculo fala sobre coisas simples como um beijo que devora, uma morte, um golpe de sorte. Coisas que acontecem o tempo todo na vida. Indicado para maiores de 16 anos

 

- Dia 26

Criaturas de Papel – Do Grupo Bricoleiros (CE), às 16h, no Teatro Apolo

O espetáculo fala de encontros e partidas e de habitar um espaço enquanto força fundamental do pulso de existir e vínculos constitutivos do percurso de viver. Papéis brancos ganham formas geométricas e são transmutados em figuras cênicas que ganham vida. Indicado para crianças a partir de 10 anos

 

Lili Marlene, Um Musical – De Fause Haten (SP), às 20h, no Teatro de Santa Isabel

O espetáculo é um musical pop punk. O Lili, como gostava de ser chamado, é o neto de Marlene, uma atriz hollywoodiana dos anos 30. Rejeitado pelo pai na infância, foge de sua casa em Berlim e depois de alguns anos começa a fazer sucesso em Paris, dublando sua avó, sem que ninguém soubesse do seu parentesco. Aos 30 se tornou sacerdote de uma religião quando morava nos Estados Unidos. Anos mais tarde, já afastado da igreja, ele faz um relato de sua saga. Indicado para maiores de 14 anos