Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas Sobre Drogas -SDSDHJPD

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Direitos Humanos | 24.04.19 - 15h56

Taxista aprende como atender a pessoa com deficiência

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O motorista de taxi que ainda não participou da capacitação deve ficar atento aos próximos cursos previstos ainda para este semestre (Foto: Inaldo Menezes/PCR)

 

“A gente quer ajudar e com conhecimento fica mais fácil”, reconhece o motorista de táxi, Fellipe Oliveira, 33 anos, que reservou a noite desta terça-feira (23), para participar do curso Taxista Acessível promovido pela Prefeitura do Recife, no Sindicato dos Taxistas de Pernambuco, localizado no bairro da Imbiribeira. Agora são mais de 420 motoristas capacitados pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife (SDSJPDDH), em parceria com a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e com o apoio do Sindicato dos Taxistas de Pernambuco (Sindtáxi). Mais turmas serão formada ainda neste semestre, em datas a serem divulgadas com o apoio do Sinditáxi.

Fellipe Oliveira acrescentou que vê como um diferencial saber lidar com a pessoa com deficiência. “Sem dúvida a preparação facilita a condução dessas pessoas”, avaliou, lembrando que atende muitos passageiros cadeirantes. Ele também elogiou a iniciativa de identificar o taxista capacitado com um adesivo. Os participantes recebem uma cartilha, um folder explicativo e o adesivo para colocar no para-brisa do táxi. O motorista Fabiano Souza, 39 anos, dirigia Uber há seis meses e agora está se cadastrando para ser taxista. “É importante aprender a lidar com a pessoa com deficiência. Não sabia usar o termo certo, que aprendi agora”, revelou o taxista.

“A proposta é tornar a cidade cada vez mais inclusiva e a comunicação com a pessoa com deficiência é fundamental para a acessibilidade”, destacou o gerente da Pessoa com Deficiência do Recife, Paulo Fernando, que foi o instrutor do curso. A iniciativa faz parte da Campanha Taxista Acessível, lançado em 2018 pela Prefeitura do Recife e que já treinou motoristas de táxis dos principais pontos da cidade como shoppings, locais de grande demanda pelo serviço.

Paulo Fernando também salientou que ser um taxista acessível, além de respeitar o direito da pessoa com deficiência, significa cumprir com a legislação vigente. A Lei Brasileira de Inclusão (Lei Federal n° 13.146/2015) determina que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida devem ter direito assegurado ao transporte e à mobilidade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de identificação e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu acesso.