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Cultura | 25.06.11 - 03h32

Mobilização e atitude das comunidades abrilhantam a festa no Concurso de Quadrilhas Juninas

Participantes fazem das tripas coração para fazer o arraial

Por José Gomes Neto

Quem assiste a apresentação das quadrilhas juninas nem imagina o quanto de trabalho e sacrifício os seus integrantes têm que fazer para colocar o arraial para funcionar. Ao longo do ano, eles se viram das mais variadas maneiras para captar recursos como elaborar rifas, contribuições espontâneas e venda de alimentos. Tudo o que é levantado será utilizado para compor toda a estrutura que envolve roupa, figurino, equipamento de produção e tudo o que envolve o aparato da quadrilha.

O produtor artístico Anderson Gomes, da Junina Tradição, que participou da Eliminatória do Concurso de Quadrilhas Juninas, no Geraldão, na noite desta sexta-feira (25), contou que a comunidade do Morro da Conceição, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife, batalha com afinco para atingir o objetivo. “Nós trabalhamos juntos durante o ano inteiro, quando temos espaços cedidos pela comunidade para fazermos reuniões, ensaios e até mesmo quando precisamos captar recursos”, disse.

A dona de casa Vanessa Silva, 25 anos, era pura raça. Dançarina da Cambalacho, de Goiana, nem a rótula do joelho esquerdo deslocada a impediu de se apresentar. “Depois de tanto esforço para gente chegar até aqui, não me sentiria bem se não tivesse me apresentado. Lutamos duro durante o ano todo e esse é o momento mais importante”, revelou.