Profissionais da Secretaria de Educação do Recife debatem educação inclusiva em seminário
Mais de 400 profissionais da Secretaria de Educação do Recife e outras instituições ligadas à educação participam, nesta quarta-feira (26), do Seminário de educação da rede municipal do Recife na perspectiva inclusiva: avanços e desafios, na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Educadores do Recife Professor Paulo Freire, na Madalena. Com o tema Viva a diferença, o encontro organizado pela Secretaria de Educação do Recife faz parte da 14ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência, promovida pela Prefeitura do Recife. A programação teve início no último dia 20 e segue até o próximo dia 30, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os direitos e deveres das pessoas com deficiência.
De acordo com a chefe da Divisão de Educação Especial (DEE) da Secretaria de Educação do Recife, Lauricéia Tomaz, o foco principal do seminário é compartilhar informações sobre as ações desenvolvidas na rede municipal na consolidação das políticas de inclusão para os estudantes com deficiência, Transtorno Global do Desenvolvimento e Altas Habilidades/Superdotação. Entre as ações implementadas este ano, ela destaca a criação das salas bilíngues para que os estudantes surdos aprendam todas as disciplinas em Libras; a aquisição de 11 ônibus acessíveis para transportar estudantes com deficiência que têm grandes comprometimentos na locomoção, além da realização de concurso, no último domingo (23) , para o cargo de Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Especial (AADEE), criado pelo executivo municipal para garantir todo o apoio necessário aos alunos com deficiência.
Lauricéia também lembrou da implantação, em parceria com o Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer - Pernambuco (GAC-PE), da primeira classe hospitalar do Estado no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), para que as crianças internadas com câncer deem continuidade aos estudos durante o tratamento. “Além de debatermos a Lei Brasileira de Inclusão, sancionada no mês passado, estamos dialogando sobre os avanços e possibilidades do que trabalhamos na rede municipal, pois o nosso maior objetivo é mostrar o que isso tem provocado na nossa política de ensino”, destaca.
Segundo a pesquisadora Fernanda Loyola, coordenadora da classe hospitalar que foi batizada de Semear, o Recife vive um momento importante e é necessário continuar debatendo a inclusão. “Hoje estamos discutindo os avanços com relação a essas políticas e o que está sendo estruturado. Se não existisse exclusão, talvez isto não fosse necessário. Precisamos pensar mais na mobilidade das pessoas com deficiência e em outros pontos que precisamos avançar”, avalia a mestre em Educação que também é coordenadora do curso de Pedagogia da Faculdade Joaquim Nabuco.
Durante toda esta quarta, participam do seminário professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), coordenadores e técnicos pedagógicos, multiplicadores de Tecnologia Assistiva aplicada à Educação e estudantes de áreas afins.