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| 27.03.14 - 16h06

Secretaria de Saúde Recife registra 2,5 toneladas de alimentos apreendidos pela Vigilância Sanitária

[caption id="attachment_44851" align="alignleft" width="680"] Inspeções retiraram mercadorias imprópria para consumo em três supermercados. (Foto: Irandi Souza/PCR)[/caption]

Nesta quinta-feira 27, em mais uma ação conjunta que contou com a Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Recife, o Procon, a Delegacia do Consumidor e o Ministério Público, o Supermercado Extrabom, localizado em Casa Amarela, foi interditado. Desde que as inspeções aos supermercados do Recife foram intensificadas no último dia 20 de março, já foram retiradas das prateleiras de três supermercados da capital em torno de 2,5 toneladas impróprias para consumo humano - Extra da Av. João de Barros, Carrefour da Av. Domingos Ferreira e Extrabom da Av. Padre Lemos -, além da interdição do restaurante do Pão de Açúcar da Av. Rosa e Silva. Neste ano, o número de supermercados notificados chega a 20 estabelecimentos.


Várias irregularidades foram encontradas no Extrabom, que teve 2,0 toneladas de alimentos apreendidas, consideradas impróprias para consumir. A maioria é de produtos resfriados e congelados – carnes, queijos e outros laticínios. “Manteigas, por exemplo, que deveriam estar resfriadas a quatro graus foram encontradas em temperaturas acima de 16 graus”, explicou a gerente de Vigilância Sanitária do Recife, Adeilza Ferraz.

Câmaras frias sem manutenção, prazo de validade vencido, produtos sem rotulagem e sem procedência, somando-se a precárias condições higiênico-sanitárias do estabelecimento com insetos nos freezers, paredes mofadas, levaram a interdição imediata do Extrabom por dois dias pelo Procon. Para reabrir o local, os responsáveis deverão atender às exigências da Vigilância Sanitária, eliminando os riscos para a população.

Os inspetores da Vigilância Sanitária detectaram ainda que equipamentos de resfriamento são desligados durante à noite, provavelmente para economizar energia. “Produtos que deveriam estar totalmente congelados – polpas, carnes empanadas, entre outros produtos industrializados – foram encontrados descongelados, pondo em risco a saúde dos consumidores. Falta controle de qualidade que é de responsabilidade do estabelecimento”, salientou Adeilza Ferraz.

O promotor de Direito do Consumidor do Ministério Público, Maviael Souza e Silva, reforçou que a finalidade da ação é garantir o direito do consumidor. “O que se quer é que o empresário trabalhe respeitando a população”, falou, acrescentando que, assim como ocorreu com os outros supermercados, será aberto inquérito civil na Promotoria de Justiça que deverá ser respondido pelos responsáveis.