Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas Sobre Drogas -SDSDHJPD

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Direitos Humanos | 27.11.18 - 22h58

Jovens debatem direito à saúde com PCR e Fiocruz

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Objetivo do seminário foi tentar compreender as principais causas do adoecimento dos jovens e trabalhar a prevenção, além de fortalecer o desenvolvimento da política pública de juventude no âmbito da saúde (Foto: Lu Strethrost/PCR)

 

Jovens, gestores públicos e pesquisadores dasáreas de saúde e juventude debateram, nesta terça-feira (27), o direito dos jovens à saúde para tentar compreender as principais causas do adoecimento dos jovens e trabalhar a prevenção, além de fortalecer o desenvolvimento da Política Pública de Juventude no âmbito da saúde, tomando como premissa o Estatuto da Juventude, o Plano Municipal de Juventude e as pesquisas acadêmicas. As discussões fizeram parte do Seminário pautando direitos: juventude e saúde, realizado na Universidade Maurício de Nassau (Uninassau), nas Graças, pela Prefeitura do Recife e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O evento foi organizado pela Fiocruz e Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife (SDSJPDDH), através da Secretaria Executiva de Juventude (Sejuv), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). A gestora de Defesa e Fortalecimento de Direitos da Juventude do Recife, Mariana Lyra, apresentou as legislações que tratam do direito do jovem à saúde, como o Estatuto da Juventude e o Plano Municipal de Juventude do Recife. “Para garantir a implementação efetiva das políticas públicas de juventude, nada melhor do que trabalhar intersetorialmente e monitorar o andamento das ações, como fizemos aqui hoje”, defendeu a representante da Sejuv.

Representando a Gerência de Atenção Básica à Saúde do Recife, Cristiane Pena Forte explicou o que a rede municipal de saúde disponibiliza para o atendimento dos mais de 400 mil jovens recifenses (população de 15 a 29 anos), como as equipes do Programa Saúde da Família, as Upinhas e as cinco unidades de saúde que possuem médico hebiatra (especializado no atendimento aos adolescentes). Ela também citou as políticas de saúde específicas que contemplam os homens jovens, as mulheres jovens, os jovens LGBTs, os negros, os com deficiência, os que são usuários de drogas e os que vivem nas ruas.

Precisamos manter saudável quem é saudável através da prática de exercícios físicos e alimentação saudável, evitando diabetes e hipertensão, por exemplo, para que os jovens não venham a desenvolver essas doenças”, disse Cristiane, que também ouviu os elogios, críticas e sugestões dos jovens participantes.

André Sobrinho, coordenador da Agenda Jovem Fiocruz, ressaltou que não adianta pensar apenas nas doenças que acometem os jovens. “Outras esferas da vida social impactam na saúde do jovem. Ter trabalho, educação, lazer, segurança e qualidade de vida em todas as esferas é promover a saúde do jovem. O desemprego e o medo de sobrar, por exemplo, causam transtornos emocionais importantes para muitos jovens. A violência também, sobretudo a de gênero. Por isso que também precisamos abordar a saúde mental com esse recorte da condição juvenil”, defendeu André, que ainda falou de temas como saúde sexual e reprodutiva, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), gravidez na adolescência, suicídio e homicídio de jovens transexuais.

O jovem Well Leal, que é conselheiro Estadual de Juventude, foi um dos cerca de 50 participantes que pôde compreender mais a fundo o funcionamento da rede de serviços municipais para poder reivindicar com embasamento e monitorar a implantação das políticas públicas de juventude. “Gostaria de parabenizar a gestão municipal porque vemos que, apesar de ainda termos muito a avançar, as coisas andam no Recife. Nosso papel enquanto sociedade civil é cobrar, mas reconhecemos o empenho da atuação de vocês para que o Plano Municipal de Juventude funcione”, elogiou Well, que também falou da LGBTfobia que atinge muitos jovens, assim com as altas taxas de HIV e sífilis na juventude. Já a conselheira Municipal de Políticas Públicas de Juventude do Recife, Bruna Alves, que tem deficiência visual, falou das dificuldades enfrentadas pelos jovens com deficiência no acesso à saúde.