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Cultura | 28.07.14 - 10h45

No último dia da Campus Party, Emprel anuncia os vencedores do "Hacker Cidadão 2.0"

A Emprel inscreveu 29 projetos e todos fizeram uso da base de dados abertos da PCR para construção dos aplicativos.

Joel Alves de Lima Júnior, Marcelo Wanderley e Flávio Costa foram os vencedores do hackathon Hacker Cidadão 2.0 com o projeto "Nosso Lar". A maratona de programação, lançada pela Empresa Municipal de Tecnologia do Recife (Emprel), aconteceu na terceira edição da Campus Party/Recife. Ao todo foram inscritos 29 projetos. A Campus começou na última quarta-feira (23) e terminou ontem (27), no Centro de Convenções.

A proposta do aplicativo "Nosso Lar" é possibilitar uma interação com a sociedade e as gestões públicas, proporcionando o acesso à informação e, principalmente, ao andamento dos registros realizados junto às empresas responsáveis. O projeto é mecanismo de assessoramento para a administração pública e empresas privadas que, de maneira organizada, possam adotar medidas para a solução dos problemas.

“Nós participamos da edição passada do Hacker Cidadão e ficamos em 6º lugar. Desde o ano passado começamos a pensar neste aplicativo”, disse Joel Júnior. “Incentivo que a Prefeitura faz em disponibilizar os dados e lá a gente poder trabalhar em cima das informações é muito bom. A gente pode até diagnosticar problemas de programação”, acrescentou Joel, que com apenas 21 anos já é mestrando em Informática Aplicada. A equipe recebeu um computador de última geração como prêmio.

Outros dois projetos foram premiados pela Emprel. Em segundo lugar ficou o projeto "Mobilizando Recife", de Rodrigo Portillo. O aplicativo multiplataforma tem a finalidade de ajudar o cidadão que possui algum tipo de deficiência física a encontrar lugares que possuam estrutura adequada para sua mobilidade e acessibilidade, como shoppings, restaurantes, bares, estacionamentos apropriados, órgãos públicos, dentre outros.

Já a terceira colocação ficou com o projeto "Pedalaí", de Rayann Nayran, Sérgio Fontes, Sérgio Hampel e Thulio Philipe. A plataforma foi desenvolvida para obter informações sobre as ciclovias, ciclofaixas e rotas de bicicletas - tanto móveis como fixas -, parques e praças. É possível também identificar os grupos de pedal existentes na cidade. O segundo e o terceiro lugares receberam netbooks.

Na avaliação do presidente da Emprel, Eugênio Antunes, a ‘Hacker Cidadão 2.0’ fez com que alguns dados disponíveis pela Prefeitura do Recife fossem compartilhados com toda a população. “Este ano fizemos um pouco diferente, disponibilizando três bases de dados. Foi bastante positivo o concurso e o pessoal apresentou trabalhos muito interessantes. Mas o objetivo principal é divulgar o portal de dados abertos que a Prefeitura disponibiliza”, revelou.

A maratona de programação desafiou a construção de soluções inteligentes fazendo uso dos dados abertos da Secretaria Municipal de Finanças, da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) ou da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) – dados.recife.pe.gov.br. Inovação, criatividade, interatividade, prestação de serviço e funcionalidade foram alguns pontos levados em consideração na avaliação.