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Saúde | 29.11.16 - 22h04

Parceria institui Comitê Intersetorial para discutir Síndrome Congênita provocada pelo Zika e outras deficiências

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Grupo de trabalho é um dos frutos do Projeto Redes de Inclusão, lançado nesta terça (29) pela Secretaria de Saúde do Recife em conjunto com a Unicef e outros parceiros (Foto: Cortesia)

 

A Prefeitura do Recife, a Secretaria de Saúde de Pernambuco, o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), a Fundação Altino Ventura e mães de crianças com Síndrome Congênita provocada pelo Zika Vírus e outras deficiências são os órgãos que integram o Comitê Estratégico Intersetorial de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação do Projeto Redes de Inclusão. O grupo de trabalho tem a missão de dar respostas mais efetivas às mulheres gestantes e às famílias de crianças afetadas pelo Zika Vírus, e é um dos frutos da implementação do Projeto Redes de Inclusão. O Redes de Inclusão foi lançado nesta terça-feira (29), pelo secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, no auditório do Banco Central.

O conjunto de ações e atividades do projeto, no Recife, está organizado em três eixos estratégicos: trabalho com gestantes, família e cuidadores de crianças; qualificação de profissionais de saúde; estruturação da rede de atenção integral e integrada. “Este é um projeto fundamental para a convergência de instituições públicas para qualificar o atendimento às crianças afetadas pelo Zika Vírus. Consiste na capacitação de profissionais de saúde, mas também de empoderamento de pessoas envolvidas no cuidado com as crianças”, explicou Jailson Correia.

Durante o lançamento, as mães que estavam presentes receberam um kit multissensorial, para estimulação da criança no ambiente familiar, composto por 10 objetos (tapete sensorial, rolo, placas com listras, mamãe sacode, lanterna, bolas e copos coloridos, esponja/escova, chocalhos e lata de encaixe, colher, pulseira e móbile). Um manual de como utilizar os materiais também foi entregue. Ao todo, serão distribuídos 380 kit’s – 255 para famílias do Recife e 125 em Campina Grande, o outro município a receber o projeto.

A dona de casa Inabela Souza é mãe de Graziela Tavares, que completou um ano no último dia 25. Segundo ela, moradora do Alto José Bonifácio, na Zona Norte da cidade, a estimulação precoce é muito importante para o desenvolvimento da filha. “Ela já faz isso desde cedo, quando era atendida na Policlínica Lessa de Andrade, e continua fazendo na Altino Ventura e no Cervac, então já engatinha, já consegue segurar as coisas, enxergar melhor”, contou Inabela.

O Projeto Redes de Inclusão acontece em parceria entre as Secretarias de Saúde do Recife, de Campina Grande, de Pernambuco, Ministério da Saúde, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Organização Panamericana de Saúde, Johnson & Johnson, Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social (Ipads), Mães e cuidadores de crianças, Fundação Altino Ventura e Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Para a coordenadora de Ações de Resposta à Emergência do Zika Vírus da Unicef, Cristina Albuquerque, o compromisso da instituição, que foi unir esforços dos parceiros para dar mais atenção às famílias e crianças, está sendo bem sucedido. “A gente não quer que esse projeto acabe nunca, quer que sirva como inspiração para outros municípios, inclusive de fora do Brasil. Porque a intervenção da forma como foi feita, inclusiva e participativa, é única”, afirmou Cristina. Ainda de acordo com ela, a devastação provocada pela epidemia de Zika permitiu a abertura de um diálogo maior sobre a inclusão e os direitos de todas as crianças com deficiência.