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| 30.07.12 - 16h37

Secretaria da Saúde do Recife lembra a importância da troca periódica da escova de dente

Higienização com peça inadequada não surte efeito e pode aumentar a predisposição para doenças como gengivite e periodontite
 
Por Clarissa Macau

Um sorriso bonito exige cuidados com a saúde bucal e, também, com as peças utilizadas na hora da higiene. A escova de dente, grande aliada na remoção da placa bacteriana, deve receber atenção redobrada. Com o tempo prolongado de uso, um grande número de bactérias pode se acumular nela. Aliado a isso, há o desgaste natural das cerdas, que diminui a eficiência da escovação. O conselho de especialistas da Prefeitura do Recife é trocar o utensílio a cada quatro meses, no máximo.

“Não existe um jeito de higienizar a escova completamente, mesmo que ela seja lavada e seca todas as vezes após o uso. As bactérias naturais do ambiente e da própria boca, vão se juntando diariamente nas cerdas. A escovação com uma peça velha não faz seu papel e ainda aumenta a predisposição para doenças como gengivite e periodontite. A troca periódica permitirá que cesse a proliferação de germes na boca”, alerta a cirurgiã-dentista da Secretaria de Saúde do Recife, Fabiana Bernart.

Gengivite é uma inflamação da gengiva provocada pela placa bacteriana, ocasionada pela higiene inadequada da boca.  A periodontite é um agravamento do problema, que pode causar até a perda do dente. Para minimizar a incidência de microorganismos na escova é preciso ficar atento para, após a escovação, mantê-la em local arejado, devidamente lavada, seca e guardada em pé. Outra dica é evitar o contato com escovas de outras pessoas, afastando possíveis doenças contagiosas, de uma simples gripe até hepatite. “Usar a escova de outra pessoa está terminantemente proibido”, enfatiza Fabiana.
 
Na hora de escolher a escova ideal, não existe mistério. De acordo com a odontóloga da PCR, marcas, preços altos e tecnologia avançada não garantem necessariamente uma boa saúde para os dentes. “Basta optar por um exemplar com a cabeça de tamanho pequeno para alcançar os locais mais difíceis dos dentes e cerdas macias para não machucar a gengiva”, comentou. A pressão excessiva não é indicada. Além de estragar as cerdas mais rapidamente, pode provocar sangramentos e desgastes nos dentes e gengivas. A especialista criticou ainda o uso de palito de dentes – agressor das gengivas e da boa educação.

De acordo com Fabiana, é fundamental manter a freqüência e eficiência na escovação. O ideal seria ao menos três vezes por dia, seguida da limpeza com o fio dental. O processo deve ser repetido principalmente antes de dormir e depois de acordar. A utilização da pasta de dentes também é essencial. O produto, por sinal, deve conter flúor entre seus ingredientes para aumentar a proteção contra cáries. A dentista dá a dica da quantidade necessária de creme dental: “O equivalente a um grãozinho de feijão é suficiente”, esclareceu.

No caso da criançada, a escova de dente entra no processo da higiene bucal após o nascimento dos primeiros dentes. A escovação pode ser feita somente com água ou com pasta sem flúor.
 
Dicas em relação à escova de dente

Observar se ela tem selo do InMetro;

O item deve ser fabricado em material atóxico;

Lavar as mãos antes da escovação;

Mudar de utensílio quando ele estiver com as cerdas deformadas ou gastas;

Antes de usar, lavar o produto com água corrente para retirar as bactérias mortas;

Não enxugar com toalha. Para eliminar o excesso de água após a escovação, bater com o cabo na pia;

Depois de doenças como gripes e resfriados, é importante trocar de escova para minimizar o risco de nova infecção provocada pelos germes que aderem à escova;

Para fazer a desinfecção, após a última escovação do dia, borrifar enxaguante bucal nas cerdas e cabeças da peça.