Informações socioeconômicas

 IDHM

Componentes

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Recife é 0,772, em 2010. O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,160), seguida por Longevidade e por Renda. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,129), seguida por Longevidade e por Renda.

Evolução

Entre 2000 e 2010 O IDHM passou de 0,660 em 2000 para 0,772 em 2010 – uma taxa de crescimento de 16,97%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 32,94% entre 2000 e 2010.Entre 1991 e 2000 O IDHM passou de 0,576 em 1991 para 0,660 em 2000 – uma taxa de crescimento de 14,58%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 19,81% entre 1991 e 2000.Entre 1991 e 2010 Recife teve um incremento no seu IDHM de 34,03% nas últimas duas décadas, abaixo da média de crescimento nacional (47,46%) e abaixo da média de crescimento estadual (52,95%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 46,23% entre 1991 e 2010.

Ranking

Recife ocupa a 210ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil, sendo que 209 (3,76%) municípios estão em situação melhor e 5.356 (96,24%) municípios estão em situação igual ou pior. Em relação aos 185 outros municípios de Pernambuco, Recife ocupa a 2ª posição com 0,772. Em 1º lugar está Fernando de Noronha com 0,788. Um município está em situação melhor (0,54%) e 184 (99,46%) municípios estão em situação pior ou igual.

Demografia e Saúde População

Entre 2000 e 2010, a população de Recife teve uma taxa média de crescimento anual de 0,78%. Na década anterior, de 1991 a 2000, a taxa média de crescimento anual foi de 0,92%. No Estado, estas taxas foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,01% entre 1991 e 2000. No país, foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,02% entre 1991 e 2000. Nas últimas duas décadas, a taxa de urbanização cresceu 0,95%.

Estrutura Etária

Entre 2000 e 2010, a razão de dependência de Recife passou de 48,52% para 41,00% e o índice de envelhecimento evoluiu de 6,51% para 8,14%. Entre 1991 e 2000, a razão de dependência foi de 57,21% para 48,52%, enquanto o índice de envelhecimento evoluiu de 5,28% para 6,51%.

O que é razão de dependência?

População de menos de 14 anos e de 65 anos (população dependente) ou mais em relação à população de 15 a 64 anos (população potencialmente ativa).

O que é índice de envelhecimento?

População de 65 anos ou mais em relação à  população de menos de 15 anos. 

Longevidade, mortalidade e fecundidade

A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) em Recife reduziu 47%, passando de 29,8 por mil nascidos vivos em 2000 para 15,6 por mil nascidos vivos em 2010. Segundo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do estado e do país eram 20,4 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente. 

A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Em Recife, a esperança de vida ao nascer aumentou 8,9 anos nas últimas duas décadas, passando de 65,6 anos em 1991 para 68,6 anos em 2000, e para 74,5 anos em 2010. Em 2010, a esperança de vida ao nascer média para o estado é de 72,3 anos e, para o país, de 73,9 anos.

Educação Crianças e Jovens

A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do município e compõe o IDHM Educação. 
No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 6,17% e no de período 1991 e 2000, 37,50%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 46,88% entre 2000 e 2010 e 29,72% entre 1991 e 2000. 
A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 46,02% no período de 2000 a 2010 e 60,02% no período de 1991 a 2000. E a proporção de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo cresceu 65,17% entre 2000 e 2010 e 47,44% entre 1991 e 2000.

Em 2010, 58,26% dos alunos entre 6 e 14 anos de Recife estavam cursando o ensino fundamental regular na série correta para a idade. Em 2000 eram 53,50% e, em 1991, 39,64%. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 32,99% estavam cursando o ensino médio regular sem atraso. Em 2000 eram 21,86% e, em 1991, 12,80%. Entre os alunos de 18 a 24 anos, 19,82% estavam cursando o ensino superior em 2010, 12,53% em 2000 e 8,69% em 1991.

Nota-se que, em 2010, 2,95% das crianças de 6 a 14 anos não frequentavam a escola, percentual que, entre os jovens de 15 a 17 anos atingia 12,61%.

População Adulta

A escolaridade da população adulta é importante indicador de acesso a conhecimento e também compõe o IDHM Educação. 
Em 2010, 66,35% da população de 18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino fundamental e 50,38% o ensino médio. Em Pernambuco, 47,01% e 32,12% respectivamente. Esse indicador carrega uma grande inércia, em função do peso das gerações mais antigas e de menos escolaridade.A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 7,05% nas últimas duas décadas.

Anos Esperados de Estudo

Os anos esperados de estudo indicam o número de anos que a criança que inicia a vida escolar no ano de referência tende a completar. Em 2010, Recife tinha 9,53 anos esperados de estudo, em 2000 tinha 9,10 anos e em 1991 8,80 anos. Enquanto que Pernambuco tinha 9,13 anos esperados de estudo em 2010, 7,70 anos em 2000 e 7,67 anos em 1991.

PIB

A economia do Recife é a terceira maior do Nordeste, depois de Salvador e Fortaleza, com um PIB – Produto Interno Bruto de R$ 30,03 bilhões (dados do IBGE para 2010). Nos últimos cinco anos, o PIB do Recife aumentou em mais de R$ 11,75 bilhões em termos reais, passando de R$ 18,31 bilhões, em 2006, para R$ 30,03 bilhões, em 2010. A partir de 2003, a economia do município vem registrando crescimento continuado do produto, acompanhando a evolução da economia pernambucana.

Fonte: IBGE 2010.

Embora Pernambuco tenha uma economia maior que a do Ceará, o PIB do município do Recife é inferior ao de Fortaleza (R$ 37,10 bilhões), assim como está abaixo do de Salvador (R$ 36,74 bilhões). No entanto, o Recife tem um PIB per capita superior às outras duas grandes capitais do Nordeste: R$ 19.540,20 contra R$ 15.161,47, de Fortaleza, e R$ 13.728,08, de Salvador.

Renda

A renda per capita média de Recife cresceu 92,44% nas últimas duas décadas, passando de R$ 594,62 em 1991 para R$ 778,39 em 2000 e R$ 1.144,26 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 30,91% no primeiro período e 47,00% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 14,51% em 1991 para 8,53% em 2000 e para 4,77% em 2010. A desigualdade aumentou: o Índice de Gini passou de 0,67 em 1991 para 0,67 em 2000 e para 0,68 em 2010. O que é Índice de Gini? É um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar.

Trabalho

Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 64,06% em 2000 para 64,78% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 20,37% em 2000 para 12,11% em 2010.

Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais, 0,66% trabalhavam no setor agropecuário, 0,13% na indústria extrativa, 6,60% na indústria de transformação, 5,65% no setor de construção, 1,45% nos setores de utilidade pública, 19,36% no comércio e 59,59% no setor de serviços.

Habitação

 Vulnerabilidade social 

 Fonte: PNUD 2010.