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Mercado de São José

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A arquitetura em ferro foi inspirada no mercado público de Grenelle, em Paris. (Foto: Sol Pulquério/PCR)

Inaugurado em setembro de 1875, o Mercado de São José tem arquitetura em ferro típica do século XIX. A inspiração veio do mercado público de Grenelle, em Paris. O projeto, elaborado por encomenda da Câmara Municipal do Recife, provavelmente é de Victor Lenthier, engenheiro da casa, à época. O detalhamento ficou a cargo do engenheiro Louis Léger Vauthier, contratado também para acompanhar a execução das estruturas de metal na França. É um dos monumentos pernambucanos, reconhecido e tombado pelo Patrimônio Histórico. A construção levou mais de dois anos, extrapolando o prazo estipulado para o empreiteiro José Augusto de Araújo. O custo também foi onerado pelas modificações introduzidas por Vauthier, para adequar o empreendimento ao clima tropical.

 

O Mercado de São José ocupa uma área coberta de 3.541 metros quadrados. Mede 48,88 m de frente por 75,44 m de fundo. O prédio é formado por dois pavilhões, com 377 compartimentos de diversos produtos; 27 pedras de peixe; 34 barracas internas – para vender comidas e caldo de cana – e outras 70 espalhadas pela calçada do pátio. Atualmente, são 545 boxes no total. Artesanato em barro, corda e palha fazem do mercado polo de atração turística. É, também, ponto tradicional do comércio de pescado. Semanalmente são vendidos, ali, cerca de 1,3 toneladas de peixe e 400 kg de crustáceos.

 

Em 1787, o local onde está instalada a Praça Dom Vital ou Praça do Mercado, no Bairro de São José, chamava-se Ribeira de São José. Ali se mantinha um pequeno comércio de verduras e frutas. Em 1817, o local era descrito assim: um mercado junto de uma igreja, onde são oferecidos montões de raízes de mandioca, bananas, ananases, cajus, mangas e laranjas. Hoje, o mercado comercializa, além do artesanato variado, de peixes e crustáceos, charque, outras carnes e cereais.

 

Antes de tornar-se Ribeira de São José, o local era denominado Terreno dos Coqueiros, depois Ribeira dos Peixes. Pertencia a Belchior Alves Camelo e a sua mulher, Joana Bezerra, que os doou, por escritura lavrada em 16 de abril de 1655, aos padres capuchinhos.

 

Ao longo de mais de 125 anos de história, o Mercado de São José sofreu várias reformas. A primeira delas, em 1906, levou dez meses. Em 1941, foram substituídas as venezianas de madeira e vidro por combogós de cimento, mais duráveis. Em novembro de 1989, um incêndio destruiu parte do mercado, danificando-lhe a estrutura. A obra para reconstrução durou um ano e, em 12 de março de 1994, ele foi reinaugurado com grande festa. Em 1998, o mercado foi novamente restaurado.

 

Serviço:
Bairro de São José
Segunda à sábado: 06h às 18h
Domingo: 6h às 12h